Terça-feira, 2 de fevereiro de 2010 - 05h17
A licença prévia para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, concedida hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), deve ser comemorada, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. “É uma usina muito importante, tanto do ponto de vista energético como socioambiental.”
Ele lembrou que Belo Monte será a terceira maior usina do mundo e a segunda maior do Brasil de uma fonte renovável, que não emite gás carbônico, principal causador do efeito estufa. “Além disso, é uma energia barata e competitiva.” Tolmasquim acha que isso poderá ajudar a baixar o preço da tarifa.
De acordo com o presidente da EPE, a empresa que vencer o leilão de Belo Monte terá que cumprir uma série de exigências de investimento referentes ao meio ambiente, incluindo a recuperação de áreas degradadas e investimento em áreas de conservação ambiental. “Além de investir na conservação da fauna e da flora, vai investir em unidades de conservação”.
Serão transformadas em unidades de conservação duas áreas localizadas às margens do Rio Xingu, totalizando 100 mil hectares. “A implantação dessas unidades de conservação permitirá tornar um bloco contínuo de florestas de cerca de 1,6 milhão de hectares próximo às terras indígenas”.
Outro ponto destacado pelo presidente da EPE são os investimentos que permitirão retirar populações que vivem em palafitas no entorno da obra, transferindo-as para casas de alvenaria.
“Serão feitos investimentos nas áreas de saneamento, comunicação, transporte para beneficiar a população local. Por tudo isso, eu acho que é um momento que deve ser comemorado”.
O estudo de viabilidade da usina de Belo Monte começou em 1980. “Finalmente, a gente conseguiu. E chegamos a um processo importante em que conciliamos o interesse energético com o interesse ambiental. Isso é importante. Cada um cedeu um pouco”.
No projeto original, a energia gerada prevista era maior, como também era mais extensa a área a ser alagada. Tolmasquim explicou que no novo projeto a área alagada foi reduzida
Alana Gandra / Agência Brasil
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