Quinta-feira, 12 de maio de 2011 - 18h23
O deputado Valdivino Tucura (PRP) acompanhou na manhã desta quinta-feira (12) os deputados federais da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara durante visita ao canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau. Os parlamentares federais vieram a Rondônia verificar a situação das usinas do rio Madeira, avaliando o tratamento dados aos funcionários. Eles também querem saber o que de fato aconteceu entre os dias 15 e 17 de março, quando foram incendiados alojamentos e carros no local. Na ocasião, também foi roubado dinheiro de seis caixas eletrônicos instalados no canteiro de obras, que haviam sido abastecidos com R$ 1,5 milhão.
Como muita coisa que os deputados federais perguntaram não foi respondida, Valdivino Tucura disse que no momento estava difícil avaliar o resultado da visita ao canteiro de obras de Jirau. Para ter uma ideia do impacto ambiental causado pela construção da usina, a comissão perguntou qual o tamanho da área que havia sido desmatada, mas os representantes do consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) disseram que não sabiam.
Os representantes do ESBR mostraram um viveiro com plantas que serão usadas em reflorestamento, em um programa de recuperação de áreas degradadas. Eles explicaram que não foi trazida nenhuma espécie de fora, por isso a identidade genética da floresta seria mantida.
O deputado federal Edio Lopes (PMDB-RR) disse que, considerando o tamanho do empreendimento, o viveiro instalado do canteiro de obras era “uma coisa somente para amostra”. O parlamentar adiantou que em uma das cidades de Roraima foram plantadas mais de um milhão de mudas somente para reflorestar uma área próxima a um igarapé. Ele perguntou qual seria a quantidade de mudas produzidas, mas não obteve resposta.
O deputado federal Delegado Waldir (PSDB-GO) explicou que verificou a situação de Porto Velho, constatando que a construção das usinas do rio Madeira trouxe inflação para a cidade, exemplificando que o preço dos aluguéis e de locação de veículos subiu muito. Ele perguntou de quanto foi a contrapartida para a Capital de Rondônia pelos transtornos causados. Os representantes do consórcio ESBR também não souberam responder. Alegaram que neste caso a responsabilidade é do governo federal.
Em relação aos atos de vandalismo ocorridos entre os dias 15 e 17 de março, o Delegado Waldir disse não ver motivos para que a confusão tenha sido iniciada por trabalhadores, já que os salários estavam sendo pagos em dia. Para ele, mesmo que houvesse insatisfação, não deveria ter havido tanto estrago se a iniciativa da ação tivesse partido de funcionários.
Os representantes do consórcio ESBR explicaram que um grupo de 32 pessoas usando capuz iniciou a confusão. O deputado Delegado Waldir disse ter sido informado que havia policiais militares atuando na área e considerou estranho que eles não soubessem que um ato de vandalismo estava sendo planejado. O parlamentar perguntou se os bens do consórcio destruídos estavam no seguro. A resposta foi positiva. Em seguida, ele perguntou se a ESBR já havia recebido. Foi informado que isso estava sendo discutido com as seguradoras.
Também integraram o grupo que visitou o canteiro de obras de Jirau os deputados federais Moreira Mendes (PPS-RO), Ademir Camilo (PDT-MG), Carlos Brandão (PSDB-MA) e Nelson Bornier (PMDB-RJ).
Fonte: ALE/RO – DECOM
Duas unidades de conservação na Amazônia receberão investimentos da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE)
Teste de autorrestabelecimento é feito com sucesso na UHE Jirau
As Unidades Geradoras (UG) são desligadas para simular um apagão
SPIC - Chinesa tem pressa para comprar hidrelétrica Santo Antônio
As negociações duram mais de um ano, e agora a SPIC corre para concluir a transação antes da posse de Bolsonaro na Presidência
Mais de 940 mil m³ foram dragados do rio Madeira em 2018
O processo consiste em escavar o material que está obstruindo o canal de navegação e bombear o volume a pelo menos 250 m de distância desse canal.A