Segunda-feira, 10 de agosto de 2009 - 11h05
Maior gerador privado de energia do país, com 7.490 megawatts (MW) de potência instalada e 4,4 mil MW em construção, o grupo GDF Suez está analisando o projeto de Belo Monte, a gigantesca hidrelétrica no rio Xingu que será licitada pelo governo. Mas não há qualquer decisão ainda sobre uma possível participação no projeto, que ainda não tem data para ser licitado. O grupo é acionário majoritário da Usina Hidrelétrica Jirau, no rio Madeira, em Porto Velho.
“Estamos fazendo estudos sobre o projeto (de Belo Monte). Para tomar uma decisão de investimentos dessa ordem é preciso saber quanto tempo demora para ser feito, quanto vai custar, com que equipamentos. A própria competição entre fornecedores de equipamentos e os construtores é um ponto importante porque sem isso fica difícil ter o produto final, que é um preço competitivo”, afirma o presidente da GDF Suez Energy Internacional, Dirk Beeuwsaert, frisando que isso não significa que o grupo não tem interesse, mas que é muito cedo para tomar decisões.
O presidente do grupo no Brasil, Mauricio Bähr, diz que algumas dúvidas ainda “afligem” investidores, entre elas o desconhecimento do projeto que será oferecido e se haverá energia direcionada, ou não, para os consumidores livres, que não precisam ter contrato com as distribuidoras podendo comprar diretamente dos geradores.
Possível problema
A questão tem relevância no momento em que Jirau tem 30% de sua energia destinada ao mercado livre ainda sem contrato de venda. E a usina Santo Antonio (do consórcio Odebrecht, Cemig, Furnas, Andrade Gutierrez e um fundo de investimentos) só vendeu a energia durante a fase de antecipação da obra, mesmo assim para a Cemig. A preocupação de Bähr é com uma superoferta, que resulte em redução dos preços.
“O mercado livre já é bastante assediado e existe a necessidade de alocação de energia de Santo Antonio e Jirau. Hoje nós faturamos e vendemos energia para o mercado livre e se houver mais energia para esse mercado, que tem um tamanho definido pelos grandes consumidores e não é tão grande assim, isso pode ser um problema”, explica Bähr.
Não por acaso, o acordo entre o Brasil e o Paraguai para venda de metade da energia da hidrelétrica Itaipu no mercado livre brasileiro é considerado “preocupante” pela GDF Suez. Bähr lembra que a base do modelo vigente no país considerava toda a energia de Itaipu (tanto a parte brasileira como a paraguaia vendida no país) destinada aos consumidores cativos da distribuidora. Por isso Bähr acha que o governo deveria considerar a possibilidade de destinar a energia dos paraguaios para o mercado cativo e não o livre.
Jornal Valor Econômico/Rio de Janeiro
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