Terça-feira, 5 de abril de 2011 - 08h31
As perdas para a economia do Estado resultantes da paralisação das obras da Usina Hidrelétrica Jirau acenderam uma luz vermelha no Senado Federal. As projeções mais otimistas apontam para uma queda de R$ 250 milhões em impostos e encargos incidentes no ano de 2012, caso as atividades na maior hidrelétrica em construção no Brasil não sejam retomadas rapidamente.
Nas análises realistas as perdas margeiam os R$ 275 milhões. Sem mencionar o déficit na produção de energia, tão necessária para que o País possa sustentar esse ritmo de desenvolvimento. Já que o Sistema Interligado Nacional (SIN) – do qual os estados de Rondônia e Acre passaram a fazer parte em 2009 – não poderá contar com os 2.126 megawatts que seriam gerados em Jirau de março a agosto de 2012, caso as obras não estivessem paradas, a carência deverá ser suprida por energia termelétrica, a preços bem mais elevados.
“Cada dia parado representa perdas muito grandes. O Brasil precisa dessa energia para se manter e continuar crescendo”, enfatiza o senador Ivo Cassol (PP-RO), membro da Comissão Parlamentar do Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado, e o proponente da visita à Usina Jirau nesta segunda-feira, 4. Além dele, participaram da reunião o presidente da Comissão Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), os também rondonienses Valdir Raupp (PMDB) e Acir Gurgacz (PDT), Blairo Maggi (PR-MT) e Jorge Viana (PT-AC). E em Porto Velho se juntaram à comitiva o deputado federal Carlos Magno (PP-RO) e os deputados estaduais Valter Araújo (PTB-RO), presidente da ALE e Adelino Follador (DEM-RO).
A comissão foi recebida pelo presidente da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), Victor Paranhos, juntamente com os demais diretores da empresa, além do representante da Construtora Camargo Corrêa, o diretor de Assuntos Institucionais João Ricardo Auller. Antes da conversa com os representantes da concessionária e construtora da obra, respectivamente, o grupo quis conferir de perto o estágio avançado da Casa de Força 1 e do Vertedouro, que está com 92% concluído. As duas frentes de trabalho estão paralisadas desde o início dos atos de vandalismo no último dia 15 de março. “A proporção do estrago aqui de perto é bem maior do que imaginávamos, vendo pelos noticiários. Os prejuízos são muito grandes”, destacou o senador Jorge Viana, do vizinho estado do Acre.
Para Valdir Raupp “cada emprego direto paralisado na obra de Jirau, são dois empregos indiretos perdidos em Porto Velho e região, o que pode vir a representar uma parada na economia do Estado”, lembrou o senador.
Nas dependências de um dos escritórios da margem esquerda do canteiro de obras, a região que se manteve intacta aos atos de vandalismo, o presidente da ESBR fez uma apresentação do empreendimento e compartilhou com os parlamentares as perdas já estimadas com a paralisação. Paranhos ressaltou que “a interrupção é ruim até para o consumidor, que terá que pagar mais caro pela energia, por não poder mais contar com a antecipação que a ESBR estava prevendo para março de 2012”.
Fonte: Comunica
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