Quarta-feira, 15 de setembro de 2010 - 18h58
SÃO PAULO - A estiagem pela qual passa a Amazônia está favorecendo o ritmo das obras da hidroelétrica de Jirau. Com o nível do rio Madeira abaixo da média para o período, a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), empresa que arrematou a usina em leilão de 2008, afirmou que esse fator tem favorecido o desenvolvimento dos trabalhos na atual fase, que passa justamente pela grande movimentação de terras. Segundo o cronograma da empresa, até o final do ano as obras chegarão a 45% do total; o índice de conclusão atual é de 25%.
Com isso, a ESBR reafirmou que o início da geração está previsto para março de 2012 com o funcionamento das duas primeiras turbinas. A meta é de que até dezembro do mesmo ano a nova hidroelétrica já tenha 2,045 mil MW de energia assegurada. Essa previsão antecipa o cronograma inicial apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que previa início da operação em janeiro de 2013.
A Energia Sustentável do Brasil também reafirmou a intenção em aumentar em seis o número de turbinas (de 44 para 50), o que passaria a potência instalada de 3.300 MW para 3.750 MW.
Já a Santo Antônio Energia, responsável pela outra hidroelétrica do Madeira, a de Santo Antônio afirmou que as obras seguem a antecipação planejada e que no atual estágio da obra as condições climáticas da região não interferem no ritmo. A antecipação do início da geração de energia, levado de maio de 2012 para dezembro de 2011, é o resultado deum investimento adicional de R$ 150 milhões da concessionária, destacou a empresa.
Proposta
A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) afirmou que apresentará aos principais candidatos à Presidência da República propostas para otimizar o setor de energia. Segundo documento divulgado, a entidade aponta seis pontos como prioritários para o setor.
Entre eles estão a reversão das distorções dos encargos setoriais, que o próximo governo vete as propostas de postergação da validade de encargos existentes, bem como impeça o uso das tarifas de energia como fonte de financiamento de programas cujos custos deveriam ser pagos pelo Tesouro.
A entidade defende ainda a definição quanto ao destino das concessões de energia de modo a favorecer a modicidade tarifária, a desoneração de investimentos em geração de energia elétrica e a regulamentação da Lei do Gás, com a definição das normas complementares e instruções necessárias à sua efetiva implementação, tendo como foco o aumento da sua competitividade.
A estiagem na Amazônia ajudou o ritmo das obras da hidroelétrica de Jirau. Até o final do ano, as obras chegarão a 45% do total.
Fonte: DCI/MAURÍCIO GODOI
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