Sexta-feira, 20 de maio de 2011 - 10h57
Buscar diretrizes para as áreas de saúde e educação para lidar comas populações expostas à contaminação de mercúrio na região foi o tema principal do seminário realizado pela Santo Antônio Energia, com apoio do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ), Universidade Federal de Rondônia e a participação de representantes do Ibama, Secretarias de Saúde e de Educação do estado e de Porto Velho e especialistas no assunto.
Desde 2009, pesquisadores ligados a Unir e Fiocruz estão investigando a presença do mercúrio no meio ambiente e na população ribeirinha que vive na área de influência da UHE Santo Antônio, do distrito de Jacy-Paraná até a localidade de Puruzinho, no Baixo Madeira. A equipe do professor Wanderlei Bastos (Unir) faz o monitoramento em solo e nos peixes, coletando amostras a cada três meses.
Já a equipe da doutora Sandra Hacon, da Fiocruz-RJ, colhe amostras de cabelos e leite materno em 16 comunidades, sendo 15 no Rio Madeira e uma, de referência, na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã.
A Santo Antônio Energia viabiliza o projeto através do Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico, previsto no Programa Básico Ambiental, uma das condicionantes impostas pelo Ibama para a concessão da licença de instalação. Este monitoramento terá prosseguimento após o enchimento do reservatório e após o início da geração de energia. O seminário aconteceu de 16 a 19 de maio, em Porto Velho.
Mercúrio
Existem duas explicações para a presença de mercúrio em rios da Amazônia. A primeira tem relação com o garimpo de ouro, em especial durante a década de 1980 até meados de 1990. O metal era usado como amálgama para separar o ouro de impurezas, quando era dragado do fundo do rio.
Outra explicação é a origem natural do mercúrio nos solos da Região. O mercúrio está no solo e é levado para os rios pelas chuvas. Não se sabe exatamente quanto de mercúrio presente no ambiente vem do garimpo e quanto é de origem natural.
Santo Antônio Energia
É a concessionária responsável pela construção e futura operação da usina hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em Porto Velho (RO), e pela comercialização da energia a ser gerada. A usina tem potência instalada de 3.150,4 megawatts e capacidade para abastecer 11 milhões de residências, ou aproximadamente 40 milhões de pessoas. O empreendimento tem investimento de R$ 15,1 bilhões e é referência em construção de hidrelétricas sustentáveis, pois utiliza tecnologia de ponta para melhor eficiência energética com menor impacto ambiental. Os acionistas da Santo Antônio Energia são as empresas Eletrobras Furnas, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Cemig e o Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia (FIP). A usina hidrelétrica Santo Antônio é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
Fonte: José Carlos Sá
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