Sexta-feira, 21 de maio de 2010 - 17h31
200 famílias já fizeram sua opção e cerca de 100 irão viver na nova cidade construída pelo empreendimento
Maria Miraci Gomes de Matos, 42, mora no distrito de Mutum-Paraná em uma casa de apenas três cômodos: sala, quarto e cozinha. Doméstica, casada e com dois filhos, sempre quis se livrar da poeira, pois onde ela vive há 23 anos não existe sequer rua asfaltada. Inserida nas 99 famílias que decidiram melhorar a qualidade de vida, Maria escolheu o reassentamento coletivo urbano, oferecido pela Energia Sustentável do Brasil aos envolvidos na área do reservatório da Usina Hidrelétrica Jirau. Num total de 543 processos de negociação, realizados no Programa de Remanejamento da Usina, 58 moradores optaram pela carta de crédito, 143 quiseram indenização e 243 ainda estão se decidindo.
A partir do próximo mês, quando será feita a mudança das famílias para a nova cidade construída pela Usina Jirau, Maria terá a casa que esperou a vida inteira e mostrará com alegria a escritura do seu imóvel. No sábado, 15, ela escolheu seu mais novo lar, que tem três quartos, sala, banheiro, cozinha e varanda, além de área de serviço, garagem e gramado no jardim. O endereço dela também mudou. Agora fica em Nova Mutum Paraná, cujo nome foi escolhido pelos futuros moradores. Localizada a 120 Km da Capital sentido Rio Branco (AC) e cerca de 50 Km antes do distrito de Mutum, a vila residencial conta com 1.600 casas com tudo o que há de mais moderno no setor habitacional. “Fiz essa escolha porque sei que haverá novas oportunidades de emprego e estudo para meus filhos”, acredita Maria.
Os imóveis feitos com excelente acabamento estão numa área que proporciona total infraestrutura, como água tratada, saneamento básico, ruas asfaltadas, sinal para internet e celular, energia elétrica e escola. E em breve também terá unidade de saúde, espaço para lazer, Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, Tribunal de Justiça, Ministério Público, centro comercial, e muitos outros serviços básicos e de conveniências. A Escola Rural Nossa Senhora de Nazaré, ainda em funcionamento em Mutum-Paraná, mas recém-inaugurada na vila residencial, teve investimento em torno de R$ 5 milhões e tem capacidade para 800 alunos do ensino fundamental e médio, em salas confortáveis e ambientes climatizados para aulas de informática.
Para o diretor adjunto de Infraestrutura Urbana da Energia Sustentável do Brasil, Marcelo Sá, os moradores do distrito que optaram pelo reassentamento terão melhor qualidade de vida na vila residencial Nova Mutum-Paraná. “Além de ter excelente localização, o local trará oportunidades para grandes empresas e indústrias se instalarem, e assim contribuir para o desenvolvimento local. Por tudo isso, somos uma vitrine para outros empreendimentos do setor elétrico no Brasil”, avalia o diretor.
As vantagens não param por aí e a microempresária Márcia Correia de Sousa Lopes, 31, já está de olho no futuro. Há 12 anos morando no distrito de Mutum-Paraná, nunca viu nenhuma oportunidade parecida para crescimento do seu negócio. “É um distrito sofrido, carente”, diz ela ao mostrar entusiasmo com a mudança para Nova Mutum-Paraná, onde ganhará terreno exclusivo para construir um novo hotel. “Meu sonho é investir mais, por isso estou fazendo curso de informática para melhorar o atendimento”, explica Maria, que não tem medo de dizer que fez a escolha certa. “Se eu ficasse com a indenização e fosse morar em Guajará Mirim, como queria meu marido, não ia ter futuro”, imagina a microempresária.
Igualmente acontecerá com o comerciante José Orlando Batista da Silva, 51, que já sofreu bastante para manter seu estabelecimento no distrito. “Fui roubado pelo meu outro sócio e aí tive que trabalhar como peão para pagar as dívidas”, lembra o comerciante que há quatro anos investe no setor de materiais de construção. “Na vila residencial Nova Mutum-Paraná minha expectativa é grande, além de ganhar nova casa, terei terreno de 100 metros quadrados para minha nova loja de construção”, planeja Orlando.
O gerente de Remanejamento da Energia Sustentável do Brasil, Marco Furini, explica que a empresa, além de oferecer uma nova moradia aos envolvidos no processo de implantação da Usina Jirau, constrói novo estabelecimento aos comerciantes que foram cadastrados no processo de negociação, com terreno igual ou superior ao que possuem hoje no distrito. “Se alguém tinha um bar com área de 120 metros, terá um novo construído medindo 150 metros”, esclarece.
“Os próprios comerciantes ou empresários escolhem como querem suas lojas, farmácias ou supermercados e nós executamos o projeto aprovado respeitando as características de cada seguimento”, acrescenta Furini, ao informar que 15 estabelecimentos do distrito já estão com áreas escolhidas pelos proprietários, na Nova Mutum Paraná.
Fonte: Crisbele Sena / Comunica
Duas unidades de conservação na Amazônia receberão investimentos da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE)
Teste de autorrestabelecimento é feito com sucesso na UHE Jirau
As Unidades Geradoras (UG) são desligadas para simular um apagão
SPIC - Chinesa tem pressa para comprar hidrelétrica Santo Antônio
As negociações duram mais de um ano, e agora a SPIC corre para concluir a transação antes da posse de Bolsonaro na Presidência
Mais de 940 mil m³ foram dragados do rio Madeira em 2018
O processo consiste em escavar o material que está obstruindo o canal de navegação e bombear o volume a pelo menos 250 m de distância desse canal.A