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Redes elétricas não estão preparadas para enfrentar mudanças climáticas, diz Inpe



Segundo monitoramento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) Manaus é uma das cidades do país com maior incidência de raios
 

As redes elétricas do país não estão preparadas para enfrentar ocorrências climáticas extremas. A análise é do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ano passado anunciou o início de um projeto de desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de uma legislação específica voltada à proteção das redes elétricas de distribuição contra desastres naturais.
 

Previsto para ser começar a ser implantado até julho de 2012 em Estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, o projeto também pretende determinar com grande precisão quais as regiões do sistema de transmissão de energia estão sujeitas a maior incidência de raios.
 

O coordenador do ELAT, Osmar Pinto Júnior disse ao portal acrítica.com nesta segunda-feira (09) que o projeto é de conhecimento de setor elétrico, porém na região Norte ainda está em fase de estudo.
 

A proposta do ELAT é que os dados sejam utilizados de forma integrada para o uso adequado na operação do sistema elétrico.
 

Apesar deste novo modelo de estudo ainda não ter previsão para começar a ser implantado na Amazônia, o Inpe já possui dados anteriores que aponta a região onde está localizado o Estado do Amazonas como uma das mais atingidas por raios em todo o continente sul-americano.
 

Manaus não fica atrás. Segundo o Inpe, a capital do Amazonas possui uma das maiores incidências de raios do país. A capital registra uma incidência de 10 raios por quilômetro quadrado.


Segundo Osmar, os meses da maior quantidade de incidências ocorrem em março, abril e novembro, mas tempestades também são registradas em janeiro.
 

Conforme o coordenador do Elat, a temperatura maior é um dos aspectos que facilitam a ocorrência de raios, embora outros fatores possam influenciar: umidade, presença da zona de convergência intertropical, além da urbanização e a topografia da região.
 

Desafios
 

Em nota divulgada em agosto de 2011, o ELAT informou que as mudanças no clima são hoje o maior desafio do setor elétrico.
 

Estudo elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontando que entre 2006 e 2010 o impacto dos eventos climáticos extremos sobre os indicadores de qualidade que medem a duração (DEC) e a freqüência (FEC) das interrupções no fornecimento de energia, vêem crescendo ano após ano, sendo que em 2010 já respondem por um aumento de 28% sobre o DEC e 19% sobre o FEC do setor.
 

Segundo dados do ELAT, as redes elétricas são em grande parte as mesmas de 50 anos atrás e 99% das redes são aéreas e, portanto, mais expostas aos fenômenos climáticos.
 

O órgão reconhece a inviabilidade econômica para construir uma rede subterrânea e alerta para o fato de nenhuma empresa distribuidora estar totalmente preparada para uma situação extrema, pois o custo necessário para enfrentar estas situações de forma individual seria proibitivo. Por outro lado, a infra-estrutura urbana de nossas cidades também não está preparada.
 

Para o ELAT, as evidências tornam fundamental a busca pelas empresas concessionárias de energia de soluções conjuntas.

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