Terça-feira, 26 de janeiro de 2010 - 09h41
PROTESTO - Lider empresarial e vice-presidente da Fecomércio/RO, Raniery Araújo Coelho, volta a reclamar contra os prejuízos e a falta de providências
Quando menos se espera a energia some. Esta tem sido a sina dos Estados do Acre e de Rondônia, recém-ligados ao sistema elétrico nacional, sofreram 46 blecautes desde o início das operações da interligação, em outubro do ano passado. Inclusive no maior deles foram mais de cinco horas sem energia e prejuízos incalculáveis que, dificilmente, serão ressarcidos dada a dificuldade das pessoas e empresas de pleitear a reparação que exige longos processos burocráticos e até mesmo a entrada na justiça. A causa dos sistemáticos apagões em, pelo menos, metade deles é atribuída à falhas na linha de transmissão, que tem apenas três meses de operação e é uma das obras prioritárias do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento. A interligação, que vem do Mato Grosso a Rondônia, proporciona, segundo afirmam as autoridades, uma economia mensal de R$ 100 milhões pelo fato de não ser necessário acionar termelétricas, que são usinas mais caras. Esta economia reduziria em 1,1 ponto percentual o reajuste tarifário de 2010, segundo a Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia).
Queixas e explicações
O problema é que, na prática, a partir da interligação do linhão as interrupções se tornaram uma constante a ponto de algumas empresas que lidam com alimentos perecíveis estarem investindo em motores ou no uso de gelo para evitar prejuízos maiores. Porém, com o calor que tem feito e as interrupções constantes muitas atividades estão sendo prejudicadas tanto que o presidente em exercício da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, Raniery Araújo Coelho, que já havia feito uma reclamação por carta a Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, ontem, quando um novo apagão paralisou as lojas do centro cogitava com outros empresários da necessidade de mobilizar o Estado para cobrar uma solução das autoridades “Na medida em que a situação com estas interrupções constantes é insuportável”. Para Raniery Coelho é preciso que as providências sejam tomadas urgentemente, pois, a nossa economia não pode sofrer interrupções de energia que significam custos enormes para todos. Em entrevista recente Hermes Chipp, presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), alegou que, de fato, o problema é da linha de transmissão na medida em que com num percurso de 600 km, de um total de 950 km, não houve duplicação por falta de licença ambiental. É sintomático que, procurando encobrir o problema, Chipp diga que não considera apagão o que está acontecendo utilizando o eufemismo de “interrupção temporária de carga”. O que não muda nada, de vez que para as empresas e pessoas que sofrem a questão não é de nome, mas, sim que irresponsávelmente parece que somente considerando a questão de custos ligaram o fornecimento dos Estados de Rondônia e Acre num circuito simples em mais de 600 km de linhas de transmissão quando deveria ser tudo duplo ou triplo como confessou o próprio dirigente do ONS. O que é mais vergonhoso ainda é que também disse que o “sistema só vai entrar com a carga total em junho de 2011. E sabe qual era a previsão inicial? Que essa linha iniciasse as operações em circuito em outubro de 2008!”. Assim o que se verifica, de fato, é que para aliviar o custo de geração térmica a linha de Jauru a Vilhena foi ativada de forma precária somente pensando em gerar uma economia de R$ 100 milhões mensais. E o povo de Rondônia e Acre que se dane ainda mais quando o próprio Chipp afirma como medida emergencial “Estamos fazendo tudo para minimizar”. Ou seja, os apagões vão continuar, pois, as medidas são apenas paliativas.
Fonte: Ascom
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