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Promotora de Justiça elogia CPI e diz que trânsito será o menor dos problemas


 
A implantação das hidrelétricas em Rondônia deveria ter sido melhor debatida com a sociedade, que é quem vai pagar os custos ambientais e sociais da obra. A opinião é da promotora do meio ambiente do Ministério Publico de Rondônia, Aidee Torquato, que em depoimento a CPI da Assembléia Legislativa que investiga possíveis irregularidades nos empreendimentos proferiu uma previsão sombria: “O caos no transito será um dos menores problemas que os rondonienses vão enfrentar daqui pra frente”.

Aidee lamenta que as obras estejam sendo construídas sem que as providencias ambientais exigidas na licença provisória tenham sido atendidas e criticou como foram realizadas as audiências publicas para a sociedade tomar conhecimento da obra: “colocaram os dados técnicos em prioridade e não informaram dos impactos sociais e ambientais. “E a população foi levada a acreditar que tudo seria uma maravilha. “Hoje existem comunidades ribeirinhas preocupadas com o que pode acontecer”.

A promotora elogiou a iniciativa do Poder Legislativo em debater as hidrelétricas através de uma CPI e lembrou que há dois anos o Ministério Público foi criticado quando tentou forçar um debate maior sobre as obras antes de seu inicio. “Tentamos paralisar as obras no Judiciário Federal, mas infelizmente a liminar não foi concedida e as hidrelétricas estão sendo construídas em ritmo acelerado, ignorando providencias que foram colocadas como condicionantes para a licença ambiental.”

O deputado Tiziu Jidalias (PP) concordou com a promotora e disse que foi um dos que adesivou seu carro com mensagens favoráveis a construção das hidrelétricas, “pois prevíamos um grande desenvolvimento regional com respeito ao meio ambiente e a sociedade rondoniense, e não é isso que estamos vendo”.

O deputado Walter Araújo (PTB) disse que o debate deveria ser aprofundado inclusive para discutir melhor os benefícios para Rondônia, “que vai suprir o Brasil com energia e ficar com um caos social e ambiental”. O deputado também criticou o pouco impacto positivo da obra na economia regional, citando que os principais empregos são ocupados por pessoas de outros estados e o “comercio local só tem vendido migalhas para os consórcios”.

Depois do depoimento do Secretario do Meio Ambiente, Quito Muniz, que afirmou encontrar resistências dos consórcios para fiscalizar as obras, os membros da CPI já analisam também outra possível ilegalidade que é a proibição do acesso ao canteiro de obras, “como se o Rio Madeira fosse área particular”.

Fonte: ALE/RO – DECOM

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