Sexta-feira, 4 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Energia e Meio Ambiente - Internacional - Gente de Opinião
Energia e Meio Ambiente - Internacional

Prestação de garantias pelas estatais asseguram continuidade das obras do Madeira


Bancos alegavam que não poderiam mais emitir cartas fianças para os projetos, diz Roberto Simões, da Santo Antônio Energia 
  
A liberação da prestação de garantias pelas estatais beneficiou, principalmente no curto prazo, os projetos das usinas do Rio Madeira - Santo Antônio (RO, 3.150 MW) e Jirau (RO, 3.350 MW) - que já encontravam dificuldades em conseguir cartas fianças para cobrir a parte do financiamento que cabiam às estatais. De acordo com o presidente da Santo Antônio Energia, Roberto Simões, Furnas e Cemig, que juntas detém 49% da Sociedade de Própósito Específico, já começaram a se movimentar para oferecer as garantias ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

"Todo mundo está preparado. Estamos aguardando somente o BNDES dar o sinal verde, pois o banco está esperando parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional", afirmou Simões. Segundo ele, a SPE tem várias cartas fianças que devem somar mais de R$ 500 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão. O executivo comentou ainda que esse decreto que libera as garantias para as estatais mata a idéia inicial que era constituir um Fundo Garantidor, que chegou a ser idealizado, mas ficou esperando regulamentação.

Simões lembrou que antes dos leilões das usinas do Madeira, havia sido discutido com o poder concedente que o financiamento dos empreendimentos seria no modelo project finance e que a garantia seria o próprio projeto. "Durante a implementação e obtenção do financiamento, o BNDES não aceitou as garantias das estatais e alegou que existiam problemas em relação à lei de responsabilidade fiscal e que quem estava colocando dificuldades em relação ao assunto era a PGFN", contou o executivo.

Assim, os sócios privados dos projetos tiveram que ir atrás de fiança bancária, o que segundo Simões, gera um custo adicional ao empreendimento. "Os projetos de Santo Antônio, Jirau e das linhas de transmissão do Madeira exigem investimentos vultuosos e os bancos não tem lastro para oferecer todas as garantias. Eles já haviam dito isso para nós", declarou. Por isso, de acordo com ele, para resolver o problema, o governo resolveu publicar o decreto com a medida. 

Fonte: Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas

Gente de OpiniãoSexta-feira, 4 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Energia Sustentável do Brasil assina termo de compromisso com ICMBio para investimento em unidades de conservação na Amazônia

Energia Sustentável do Brasil assina termo de compromisso com ICMBio para investimento em unidades de conservação na Amazônia

Duas unidades de conservação na Amazônia receberão investimentos da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE)

Teste de autorrestabelecimento é feito com sucesso na UHE Jirau

Teste de autorrestabelecimento é feito com sucesso na UHE Jirau

As Unidades Geradoras (UG) são desligadas para simular um apagão

SPIC - Chinesa tem pressa para comprar hidrelétrica Santo Antônio

SPIC - Chinesa tem pressa para comprar hidrelétrica Santo Antônio

As negociações duram mais de um ano, e agora a SPIC corre para concluir a transação antes da posse de Bolsonaro na Presidência

Mais de 940 mil m³ foram dragados do rio Madeira em 2018

Mais de 940 mil m³ foram dragados do rio Madeira em 2018

O processo consiste em escavar o material que está obstruindo o canal de navegação e bombear o volume a pelo menos 250 m de distância desse canal.A

Gente de Opinião Sexta-feira, 4 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)