Terça-feira, 5 de julho de 2011 - 15h59
O segundo compromisso da presidente Dilma Roussef em Porto Velho nesta terça feira foi participar da cerimônia simbólica de abertura das comportas na Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. Ao apertar um botão vermelho, numa base instalada às margens do Madeira, Dilma acionou o início da alteração do curso do rio, primeira etapa antes do começo do funcionamento da hidrelétrica, marcado para dezembro.
Após o ato histórico que dá início a uma nova era na geração de recursos naturais no País, a presidente ouviu o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, que foi o primeiro a falar durante o cerimonial organizado para recepcionar a presidente, nas dependências da Santo Antônio Energia, ao lado da hidrelétrica.
Sobrinho lembrou dos recursos gerados pelas compensações, que têm trazido investimentos para a Capital. “É R$ 1,3 bilhão aplicados na área de sustentabilidade”, lembrou. O prefeito aproveitou para dar as boas vindas à presidente, a quem agradeceu pelo empenho às políticas públicas para as mulheres. Sobrinho finalizou sua participação afirmando estar empenhado para beneficiar o maior número possível de pessoas com os projetos financiados pelas compensações geradas pelas duas hidrelétricas.
O Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, lembrou dos 20 mil empregos gerados pelas duas obras em Porto Velho, evidenciando os 10% de mulheres contratadas pelas empresas responsáveis no consórcio. “Sei que ainda é pouco, como reclamou a presidente, vamos ampliar esse índice nas próximas hidrelétricas”, prometeu.
O Governador Confúcio Moura, último a falar antes da presidente, lembrou que Rondônia tem sido um laboratório para as boas práticas políticas. “Nosso Estado está fatiado em diversas vocações”, apontou, lembrando como tem se desenvolvido atividades como a pesca, a pecuária e a agricultura. Para Confúcio, Rondônia é o “corredor e o coração do Brasil, e o presente, o futuro e a realidade”, completou.
Dilma Roussef se emocionou ao lembrar da importância do ex-presidente Lula no processo que se desencadeou na construção das duas hidrelétricas. “Ele merecia estar aqui”, disse. Para ela, a retomada dos investimentos em energia no País é um marco definitivo rumo ao desenvolvimento. “39,5 milhões de brasileiros chegaram à classe média nos últimos anos, ou seja, uma Argentina inteira”, comparou.
Dilma lembrou que a construção de hidrelétricas para geração de energia evita o uso de energias poluentes, como a nuclear e a térmica. “O Brasil ainda tem muito potencial hídrico a ser explorado, ao contrário da Europa e dos Estados Unidos, onde essa fonte já se esgotou”, salientou a presidente.
Por fim, se dirigindo ao governador de Rondônia e ao prefeito de Porto Velho, Dilma garantiu: “Tenham em mim uma parceira, com olhos especiais às questões sociais aqui no estado”, completou.
fonte: Róbinson Gambôa
Foto: Cléris Muniz
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