Sábado, 3 de outubro de 2009 - 23h03
O antropólogo Alfredo Wagner participou, neste sábado, do Encontro Regional sobre a Amazônia, promovido desde quinta-feira, 1, em Manaus (AM) pelo Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). Wagner falou da importância da Amazônia para a humanidade e o planeta e defendeu as comunidades tradicionais como as responsáveis pela preservação da Amazônia.
“A Amazônia só está conservada onde estão os povos tradicionais como os indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, piaçabeiro, peçonheiros, seringueiros, castanheiros”, disse o antropólogo. Segundo Wagner, 1/3 da Amazônia está a “absolutamente devastado” por fazendas pecuárias, empresas mineradoras, madeireiras, empresa de ferro gusa.
Para o antropólogo, há, em relação à Amazônia, duas vertentes do ponto de vista empresarial. De um lado estão as empresas que defendem o uso indiscriminado dos recursos naturais. “Passam a ideia de que os bens são ilimitados”. De outro lado estão a indústria farmacêutica, os laboratórios de biotecnologia, de cosméticos. “Sua ideia é manter a floresta em pé e criar um mercado virtual”, explicou Wagner.
“Estas duas visões empresariais da Amazônia é que estão em choque. As duas são de desenvolvimento capitalista e brigam entre si para ver quem controla a Amazônia”, esclarece.
Segundo Wagner a Amazônia só interessa às indústrias farmacêuticas e de biotecnologias como patrimônio genético. Sua visão das comunidades tradicionais é “absolutamente utilitarista” com o objetivo de se apropriarem de seu saber.
“O que mais causa confusão é o direito intelectual sobre o patrimônio genético. O mercado das patentes é controlado pelas grandes empresas. Uma comunidade não consegue patentear seu conhecimento”, disse o antropólogo. “Uma das lutas destas comunidades é para não transformar seu conhecimento religioso e medicinal em mercadoria”, completa.
Fonte: CNBB
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