Segunda-feira, 1 de novembro de 2010 - 17h14
Nielmar de Oliveira, Agência Brasil. Rio de Janeiro - Na avaliação do diretor da Coordenação dos Programas de Pós- Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, a eleição de Dilma Rousseff é a garantia de que a política do governo para o setor de petróleo será mantida, em particular para a área do pré-sal. “No setor energético eu concordo muito com a política do petróleo, em particular com a decisão sobre a partilha do pré-sal; com a política dos biocombustíveis”.
Pinguelli Rosa, no entanto, não concorda com a política do governo para o setor elétrico e defende mudanças, em particular, na relação do governo federal com os grupos privados. No entendimento dele, o governo do presidente Lula manteve os mesmos privilégios das empresas do setor concedidos pela administração do presidente Fernando Henrique Cardoso. Para ele, que foi o primeiro presidente da Eletrobras no governo Lula, a política adotada para o setor elétrico é um equivoco. “A energia elétrica está muito cara, foram mantidos os contratos e privilégios do setor privado quando se iniciou o governo. O setor elétrico precisa de mudanças”.
Pinguelli Rosa criticou a gestão de algumas estatais e os critérios de licitação. “Essa deve ser uma preocupação do governo eleito, mesmo admitindo que algumas coisas estão corretas, como, por exemplo, a decisão pela construção das hidrelétricas que estão programadas. Ainda assim, não me agradam os arranjos institucionais em torno das licitações. As gestões de algumas empresas estatais não são boas e também não me agradam”.
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