Segunda-feira, 30 de novembro de 2009 - 15h59
O governo do Estado líder em desmatamento, Pará, mudou as diretrizes de seu programa de recomposição de áreas destruídas na Amazônia e passou a contabilizar espécies exóticas, como eucalipto, para aumentar os números e se aproximar da meta de um bilhão de árvores plantadas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A ação visa cumprir a meta estipulada pelo o programa "Um Bilhão de Árvores para a Amazônia". Em maio deste ano, o governo previu somente o plantio de espécies nativas. Mas 65% do reflorestamento deverão ser feitos com eucalipto --planta original da Austrália-, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
De acordo com o que apurou a Folha, se fosse mantida a condição inicial, a lentidão e o desinteresse dos produtores em se cadastrar atrasariam o cumprimento da meta até 2012, prazo estipulado pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT).
A preferência pelo eucalipto decorre do seu menor tempo de maturação --em torno de seis anos-- em comparação com espécies nativas brasileiras. A produtividade da espécie também é maior que a das outras por ter sido melhorada geneticamente no país.
A abertura para a inclusão de árvores exóticas na conta se deu em agosto. Com isso, o governo diz já ter autorizado o plantio de 222 milhões de árvores, quase um quarto da meta.
Na conta, entram projetos de empresas como a Vale, que pretende arrendar propriedades para plantar eucalipto.
Para especialistas, espécies exóticas têm desvantagens. Além de não reconstruir a biodiversidade amazônica, tendem a gerar concentração de terras (o que aumenta a disputa e a violência fundiária) e, para alguns, prejudicam o solo.
"Se o foco é mesmo o reflorestamento, o eucalipto está longe de ser o ideal, principalmente por não reproduzir a biodiversidade", diz o pesquisador Paulo Barreto, do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Segundo Barreto, o programa "Um Bilhão de Árvores para a Amazônia" foi lançado precocemente para aproveitar uma visita do presidente Lula a Belém, e isso acabou exigindo alterações posteriores.
Para o engenheiro florestal Nilton José Sousa, o eucalipto não tem características de regeneração, mas também não há provas de que seja mais nocivo que qualquer outra monocultura. "Por ser mais viável economicamente, pode ser uma saída para áreas degradadas, já que teria impacto social positivo", afirma.
Fonte: www.amazonia.org.br
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