Quinta-feira, 24 de junho de 2010 - 17h04
Celso Maia*
O que as ONGs não conseguiram, os sindicalistas o fizeram: parar as obras da construção da barragem de Santo Antônio, no rio Madeira, próximo a Porto Velho. Os jornais e portais eletrônicos tratam o assunto pelo lado policial, as badernas, as quebradeiras, os boatos. Não cogitaram ainda o que poderá acontecer com Porto Velho caso a obra seja definitivamente interrompida e esses milhares de trabalhadores ficarem sem empregos, vagueando pela cidade, outros gastando a demissão em bebida.
O problema de segurança pública que hoje já foge do controle do Estado ficaria pior, com aumento de todos os tipos de violência, do furto aos saques a lojas e mercados. Conheceríamos a barbárie em sua forma mais primitiva.
Prefeitura e estado deixariam de arrecadar os tributos que hoje reforçam seus cofres, provocando um efeito dominó que afetaria os setores de saúde e educação, principalmente. Sem dinheiro para pagar salários e dar manutenção, a falência dos serviços públicos seria acelerada.
Comenta-se pela cidade que os movimentos que geraram as confusões entre os trabalhadores surgiram de fora para dentro, com inspirações políticas e sindicais. Pelo menos duas centrais sindicais estariam disputando as filiações dos milhares de trabalhadores, reforçando os caixas e ainda sobrando para viabilizar campanhas de candidatos ligados ao movimento sindical.
Espero que estas especulações e projeções de cenários catastróficos sejam apenas isso. É hora dos governos federal, estadual e municipal, sociedade organizada, federações patronais se juntarem e pressionarem o consórcio e os sindicatos para que esta situação se resolva de forma favorável para todos os interessados.
*Celso Maia, cidadão de Porto Velho
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