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OPINIÃO: Rondônia precisa encontrar nova matriz de desenvolvimento no pós Usinas


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 João Serra Cipriano

Muito próximo de consolidar o seu papel de grande gerador de energia limpa, com a Construção das Usinas de Jirau, Santo Antônio, Machadão, Guajará Mirim e as de Samuel e as PCH`s ao longo dos municípios do Cone Sul, o Estado deverá imediatamente aprontar uma agenda positiva de trabalho mediante um planejamento consolidado de médio e longo prazo objetivando construir agora, uma nova matriz de desenvolvimento industrial, comercial e mineral, passando por estudos inclusive de um pólo petroquímico a fim de inserir a nossa economia aos grandes investimentos nacionais e internacionais da própria estatal Petrobras.

As obras das Usinas caminham em ritmo acelerado, vencendo todas as barreiras e obstáculos burocráticos e ambientais, dando fortes sinais que teremos a produção de energia elétrica para todo o Brasil a partir de dezembro 2011 e no mais tardar setembro de 2012. Os Consórcios devem dar prioridade nos processos de indenizações dos afetados neste segundo semestre de 2010, a fim de cumprir todas as exigências técnicas previstas nas licenças de construções e é claro, visando obter as licenças de operações na produção de energia, antecipando, como já fio anunciado os tais cronogramas de implantações dos mega investimentos.

Neste cenário de investimentos, onde o governo federal apresenta metas de crescimento acima de 5% ao ano, tudo dependerá da nossa capacidade brasileira de disponibilizar fontes de energia confiável e em quantidades suficientes para atender as demandas atuais e futuras dos setores industriais. Seguindo esse mesmo raciocínio de crescimento da produção energética, não está descartado a construção de uma terceira mega usina de energia hidrelétrica no leito do Rio Madeira, muito provavelmente nas proximidades do município de Guajará Mirim, garantindo desta forma a inserção de Rondônia como o quarto Estado brasileiro maior produtor de energia elétrica limpa.

Diante desta enorme capacidade energética, a classe política e empresarial rondoniense deve urgentemente construir uma agenda positiva de trabalho, visando agregar todas as idéias e projetos possíveis de desenvolvimento sustentável. Rondônia conseguiu atrair os mega-investimentos hidroelétricos em razão das nossas já conhecidas potencialidades naturais e agora, precisamos unir forças nas mais diversas correntes sociais, justamente para consolidar uma nova matriz de desenvolvimento, garantindo o progresso para as próximas décadas.

É bom lembrar que as nossas faculdades e universidades formam todos os anos, um verdadeiro exército de profissionais nas mais diversas áreas técnicas, ao passo que as lideranças empresariais e políticas precisam acompanhar esse crescimento de procura de oportunidades, gerando novos investimentos empresariais e públicos justamente para absolver esse enorme contingente de novos intelectuais genuinamente rondonienses.

Nessa empreita não devemos esquecer o envolvimento direto dos 52 prefeitos e das 52 Câmaras de Vereadores, para que o progresso alcance todo o Estado e não somente a Capital e que parte destes impostos e compensações oriundas das novas Usinas seja levada aos pequenos municípios que padecem por falta de dinheiro novo, frente às demandas sociais cada vez mais crescentes e as suas receitas minguadas.

Queiram ou não, os responsáveis por dar a partida à nova matriz de desenvolvimento de Rondônia no pós Usinas hidroelétricas previstas para 2014, serão, as classes políticas e empresariais, usando das suas prerrogativas econômicas e institucionais, abrindo as portas para a nova tão sonhada era de progresso duradoura.

Neste pacote de pensadores políticos, o eleitorado deve ficar atento aos nomes dos pré-candidatos, ex-deputado federal Miguel de Souza e do atual senador Valdir Raupp-PMDB, em razão das suas já consagradas lutas e dos seus notórios conhecimentos das grandes e importantes obras de infra-estruturas do Gasoduto de Urucu-Coari à Porto Velho e da propagada Carreteira del Pacífico, que deverá interligar o Centro Oeste do Brasil, passando por Rondônia, com os portos do Oceano Pacífico no Peru, que se somarão ao novo projeto de matriz de desenvolvimento do Estado de Rondônia.

A qualidade deste grupo pensante será também de responsabilidade de todos os cidadãos rondonienses nas urnas de 2010, cujo momento será formado uma nova ordem social e a continuidade dos discursos vazios e inflamados em nada ajudarão o verdadeiro progresso.

· O autor é jornalista e suplente de deputado federal pelo PSB-RO.

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