Sábado, 24 de março de 2012 - 16h30
Os operários em greve nos canteiros de obras das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, decidem nesta segunda-feira se continuam ou não as paralisações. A assembleia de Santo Antônio será realizada às 7h e, de Jirau, às 11h.
Em reunião nesta sexta-feira com representantes das empresas, mediada pelo Ministério do Trabalho, os trabalhadores receberam a garantia de que a negociação será levada adiante caso eles decidam suspender as paralisações.
“Nós esperamos que a conversa continue e que até o final do mês a gente tenha um acordo”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção do Estado de Rondônia (Sticcero), Raimundo Soares da Costa.
A situação, por enquanto, é de relativa tranquilidade nos canteiros. Mas houve alguns incidentes isolados, como em Santo Antônio, localizada a 20 quilômetros do centro de Porto Velho, onde trabalhadores quebraram janelas de ônibus.
A nova preocupação dos funcionários é evitar o corte do pagamento dos dias parados. A greve em Jirau foi iniciada no dia 8 e inclui funcionários da Enesa, responsável pela montagem das turbinas da usina, e da construtora Camargo Corrêa, sócia no consórcio Energia Sustentável do Brasil. Na terça-feira, o movimento se estendeu aos contratados pela construtora Odebrecht, sócia do consórcio Santo Antônio Energia.
Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão o reajuste de 30% nos salários e do vale-alimentação, além do pagamento da hora-extra em dobro, folga de cinco dias úteis a cada 60 dias, e não a cada 90 dias, como ocorre hoje.
O Palácio do Planalto tem acompanhado diariamente as negociações e mantém contato direto com representantes dos dois lados, com a orientação clara às empresas de negociar com os grevistas. O governo quer evitar a repetição dos conflitos e atos de vandalismo que ocorreram há exatamente um ano nas duas hidrelétricas, que estão entre os principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
O Ministério da Justiça colocou à disposição o contingente da Força Nacional de Segurança que já atuava na região mas, por questões de segurança, não informa quantos militares foram deslocados.
A assessoria da Justiça informou que a Força Nacional está “de prontidão” e pode atuar caso seja solicitada pela secretaria estadual de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia — 103 homens do batalhão de operações especiais do Estado também estão à disposição.
Fonte: Valor Econômico
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