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ONS mostra preocupação com falta de reservatórios em novas usinas




Para operador, biomassa e eólica só são eficientes com capacidade de reservação, que registra queda continua
 



Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção
 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico está cada vez mais preocupado com a redução da capacidade de reservação das hidrelétricas do país, principalmente, com a construção de novas usinas apenas a fio d"água. Isso tem causado uma forte queda no armazenamento de água. Os reservatórios que já puderam sustentar cinco anos de consumo, hoje tem capacidade de dois anos e as perspectivas são de quedas nos próximos anos.

Segundo Saulo Cisneros, assessor da diretoria de Planejamento e Programação da Operação do ONS, a geração intermitente, como eólicas e biomassa, só é eficiente quando conjulgada com hidrelétrica com reservatórios. "Esse é o trio perfeito - usinas com reservatórios, biomassa e eólica -, caso contrário, sem reservatório, não se consegue armazenar energia", afirmou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia após participar do XVI Simpósio Jurídico ABCE no Rio de Janeiro.

Ele disse que o ápice da capacidade de reservação do país aconteceu em 2001, desde então, a capacidade caiu para o nível bianual. "E a trajetória é descendente. A capacidade de reservação pode se tornar insignificante e obrigar ao uso máximo de térmicas", frisou, lembrando que isso vai aumentar os custos de expansão e operação do sistema elétrico. O uso das energias intermitentes, como as eólicas, que dependem do vento, e a biomassa de cana, que é sazonal, é eficiente quando se pode preservar os reservatórios para geração quando esses fontes faltarem.

Cisneros alertou que as térmicas, que hoje são complementares às hidricas, poderão ter um papel de energia de base. "A construção de usinas com pequenos reservatórios é importante para a capacidade de reservação", ponderou. Ele sugere que as próximas usinas da Amazônia tenham pequenos reservatórios de regulação.

Outra forma de eficientizar o uso das fontes de energia brasileira pode estar no Smart Power, que é a rede inteligente desde a geração até o consumidor final. Ou seja é um Smart Grid reforçado, já que este é pensado na relação entre as distribuidoras e consumidores. Cisneros contou que já há inteligência na relação da geração com a transmissão.

"O Smart Power vê o todo e pode gerar uma grande economia de escala", avaliou. Ele explicou que esse sistema permitiria ainda aproveitar de melhor de maneira mais adequada as novas fontes de energia.
 

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