Sexta-feira, 2 de outubro de 2009 - 15h45
A construtora Odebrecht, principal responsável pela construção da hidrelétrica de Santo Antonio, no rio Madeira (PA), está em negociação avançada para formar consórcio que vai participar da licitação da obra. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo Felipe Jens, presidente da Odebrecht Investimentos em Infraestrutura (OII), as negociações da Sociedade de Propósito Específico (SPE) para a obra de Belo Monte estão em fase final com dois possíveis sócios. Ele revela ainda que existem conversas com cerca de dez empresas, mas em fase preliminar.
Também entrará na disputa o consórcio formado por CPFL, Suez e Neoenergia. A Odebrecht não conta, por enquanto, com a participação de outros consórcios na licitação. De acordo com o jornal, Jens reconhece que a concorrência será acirrada, mas está otimista. "Toda vitória que não é suada, não tem graça", disse.
A Cemig pode entrar na briga ao lado da CPFL, mas a Odebrecht não perdeu as esperanças. "Foi anunciado que a Cemig estaria no outro grupo, mas a empresa não se pronunciou oficialmente. Temos um excelente relacionamento com eles", disse Jens. A companhia mineira é sócia da Odebrecht na construção da Usina de Santo Antonio, no Rio Madeira.
Financiamento
Independente do grupo vencedor, a Eletrobrás deve entrar com 40% a 49% do investimento de Belo Monte, conforme anunciou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Segundo Jens, uma das maiores preocupações das construtoras é a divergência com o governo sobre os valores do investimento para a construção da usina. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) enviou ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma estimativa de R$ 16 bilhões, enquanto os estudos das construtoras apontam para R$ 33 bilhões a R$ 35 bilhões.
O BNDES deve financiar 80% do valor final. Segundo Jens, as construtoras estão negociando com o banco para que o financiamento de Belo Monte seja feito na modalidade de "project finance". Dessa forma, o risco não é do acionista, mas do projeto. Esse modelo foi utilizado para a Usina de Santo Antonio, mas ainda persistem dúvidas no governo sobre as garantias necessárias.
Fonte: Amazonia.org.br
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