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Odebrecht cria companhia para energia


Depois de ter assistido as concorrentes Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa ampliarem suas participações no setor elétrico no ano passado, a Odebrecht finalmente decidiu nesse início de ano criar uma empresa para abrigar seus investimentos em energia. Está nascendo dentro do grupo a Odebrecht Energia, que será presidida por Henrique Valadares e que tem a meta, estabelecida por Marcelo Odebrecht -principal executivo do grupo - de se tornar a maior empresa geradora de energia do país dentro de dez anos. 

A empresa se limitou a dizer que a nova empresa ainda não foi efetivada. Mas o Valor apurou que todo o quadro executivo já está formado. Além de Valadares, que ocupava na Odebrecht S.A. o posto de vice-presidente da área de energia, a nova empresa terá como diretor de regulação Marcus Vinícius Gusmão, vindo da Braskem, onde era diretor nessa área. A parte financeira ficou com Rogério Ibrahim, que fez toda a estruturação financeira da usina de Santo Antônio. O diretor jurídico será Adriano Maia, integrante da equipe da construtora no projeto de Santo Antônio. 

A parte que lhe cabe na Santo Antônio Energia, cerca de 18% que estão hoje debaixo da Odebrecht Investimentos em Infraestrutura, será uma das primeiras incorporações da nova empresa, segundo fonte próxima ao grupo. Apesar de ter um percentual pequeno da usina, o grupo controla o investimento por conta de acordo de acionistas firmado com Andrade Gutierrez e o Fundo de Investimento em Participações Amazônia Energia (FI FGTS e Banif). 

A Odebrecht Energia será também a empresa do grupo que irá formar o consórcio investidor da hidrelétrica de Belo Monte. A empreiteira se uniu à Camargo Corrêa para ir ao leilão e ambas acertaram que a Camargo seria a líder do consórcio construtor, pois tem um projeto de engenharia melhor, cabendo à Odebrecht a liderança do grupo investidor. 

Dentro da estratégia do grupo de ser a maior geradora do país em capacidade instalada nos próximos dez anos, ganhar o leilão de Belo Monte é quase uma condição para se atingir a meta. A usina terá capacidade de gerar 11.233 MW de energia, e mesmo uma fatia de 20%, como a que tem em Santo Antônio, já lhe renderiam mais de 2.000 MW a seu portfólio. Com a própria Santo Antônio, já em construção no Rio Madeira, somaria 2.600 MW. Já seria maior que a AES Tietê ou do que a Duke Energy, as duas americanas que tentou comprar no ano passado sem sucesso. 

No caso da AES, Odebrecht e Camargo Corrêa se uniram para fazer uma oferta à americana para comprar os ativos. A ideia era de que Camargo ficasse com os ativos de distribuição e a Odebrecht com a geração. Mas a ideia não prosperou porque os americanos não quiseram vender sua parte e ainda sustentam que vão exercer seu direito de preferência caso o BNDES venda a sua parte na Brasiliana, que abriga os ativos da AES. 

A Odebrecht não fez comentário sobre a criação da Odebrecht Energia. Algumas fontes informa, entretanto, que é possível também que a cogeração da ETH Bioenergia, que com a fusão com a Brenco terá capacidade de gerar 2.700 MW até 2012, deverá fazer parte do portfólio. Em função da ida de Gusmão, ex-Braskem, para a nova empresa, acredita-se também que a nova companhia passará a gerir a compra de energia para o grupo. 

Fonte: Valor / Josette Goulart, de São Paulo

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