Mulheres atingidas por barragens entregam pauta de reivindicações à Dilma

Cerca de 300 mulheres que participaram em Brasília do I Encontro Nacional de Mulheres Atingidas por Barragem entregaram hoje (7) à presidente Dilma Rousseff uma pauta de reivindicações que, segundo elas, “aponta a difícil situação das mulheres atingidas por barragens que trabalham e vivem ao redor destas grandes obras”.
 

São as hidrelétricas, um projeto energético que, para o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), não contempla uma política de tratamento das questões sociais e ambientais.
 

“O movimento reivindica uma pauta justa, centrada especialmente na formulação de uma política social que possa eliminar as conseqüências danosas que grandes empreendimentos de energia deixam na região em que se encontram”, disse o deputado Padre Ton, que participou do encontro no Palácio do Planalto. Além dele, prestigiaram o ato os deputados Padre João (PT-MG), Valmir Assunção (PT-BA) e Marcon (PT-RS) e Dr. Rosinha (PT-PR).
 

As manifestantes reafirmaram posição contrária à construção da usina de Belo Monte, no Pará, e solicitaram a construção de uma política “energética popular”, com participação efetiva da população. A pauta contempla, ainda, regulamentação do decreto assinado pelo ex-presidente Lula sobre o cadastro dos atingidos por barragem e a implantação de uma política nacional de tratamento de questões sociais e ambientais nas grandes obras do país.
 

“Destacamos a necessidade de maior controle e atuação do estado e dos órgãos públicos nestas questões, caso contrário todos os esforços não produzirão efeitos”, destacou o documento entregue à presidente Dilma Rousseff.
 

A presidente Dilma disse que “governo é governo” e “movimento é movimento”, mas através do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República) está aberta ao diálogo e interlocução com todos os movimentos sociais.
 

A caravana de Rondônia contou com a presença de 33 mulheres.
 

Fonte: Mara Paraguassu