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MME deve liberar só parte de Jirau para leilão


 

O Ministério de Minas e Energia deve liberar apenas parte da energia assegurada solicitada por Jirau, referente à sua ampliação, para o leilão de curto prazo previsto para acontecer em meados de agosto. A concessionária Energia Sustentável do Brasil (ESBR), dona da usina, cadastrou a totalidade da capacidade de 400 MW no leilão mas, só poderá participar da disputa depois que tiver liberada a energia firme da usina. A demora na liberação se deve à uma disputa que está sendo travada entre Jirau e Santo Antônio em torno da operação do reservatório das usinas.
 

Segundo fonte graduada do Ministério, em função dos pedidos feitos pelas duas empresas para potencializar a geração, a ideia é que seja liberada apenas a energia assegurada de Jirau que seja consenso nos dois projetos apresentados. O volume de consenso se aproxima dos 150 MW de potência. A concessionária dona de Jirau não quis falar sobre o assunto. Mas de acordo com analistas do setor, o projeto de ampliação poderá ser mais uma vez postergado a depender da quantidade de energia a ser liberada.
 

No ano passado, os sócios da concessionária (que é liderada pela GDF Suez) aprovaram a ampliação da usina, pois se feita durante esta fase da construção dá ganhos de escala para a empresa. O projeto de engenharia foi alterado para já comportar as novas turbinas e as escavações foram iniciadas. Mas a efetivação do projeto depende da venda da energia, da aprovação da ampliação pelo Ministério e principalmente do volume de MW aprovados. A estimativa de Jirau era ter livres para a venda cerca de 250 MW, que podem ser reduzidos se o pleito de Santo Antônio for atendido.
 

A disputa entre as concessionárias Jirau e Santo Antônio em torno da operação dos reservatórios para potencializar a geração das usinas chegou ao MME nesta semana. O órgão é que tem competência para determinar a energia assegurada. Os presidentes das duas empresas apresentaram seus projetos ao secretário-executivo, Márcio Zimmermann, que também recebeu o parecer da Aneel. A reunião foi apenas preliminar e a partir de agora a Empresa de Pesquisa Energética fará também seus estudos para verificar os ganhos para o sistema. Toda a decisão depende ainda de pareceres de órgãos ambientais como Ibama e Instituto Chico Mendes.
 

Ninguém quer falar oficialmente sobre o assunto, mas nos bastidores existe um forte conflito entre os dois empreendimentos sobre a questão. A discussão começou em torno da operação de Santo Antônio que teve sua cota revista em função de um erro de marco do IBGE, segundo decisão da Aneel. A mudança da operação da cota - apesar de não alterar a energia vendida por Jirau em leilão realizado em 2008 - afeta as pretensões de ampliação.
 

O desentendimento entre os donos das duas usinas já vêm desde a época do leilão de Jirau, quando a GDF Suez alterou o eixo da usina e com isso fez uma proposta agressiva que bateu a oferta liderada pela Odebrecht, que já tinha vencido o leilão de Santo Antônio. Agora os dois empreendimentos precisam se entender para potencializar o retorno dos projetos. Na opinião da Aneel, deve prevalecer um equilíbrio entre o projeto apresentado pelas duas concessionárias.

Fonte: Valor Econômico / Josette Goulart
 

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