Terça-feira, 5 de janeiro de 2010 - 16h19
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou hoje (5) que o mercado de etanol, que tem enfrentado problemas de abastecimento em alguns estados, deve levar de 90 a 120 dias para ser normalizado. Até lá, na maioria dos estados brasileiros, a gasolina deve continuar sendo vantajosa para quem tem veículos flex.
Stephanes disse que o problema foi causado pelo excesso de chuvas no período de colheita, que obrigou os produtores a deixar mais de 60 milhões de toneladas de cana sem cortar. Ele ressaltou, entretanto, que apesar da adversidade climática séria, os consumidores deverão observar a regularização dos preços do etanol nas bombas de combustível no prazo de até quatro meses.
“Há uma preocupação muito grande de que nós temos um cliente que comprou um veículo flex esperando usar álcool, porque lhe daria vantagens monetárias. Então, é claro que a indústria produtora de álcool tem que ter essa consciência de que o mercado dela é o interno e precisa ser abastecido”, afirmou.
Para reverter a situação de pouca oferta, que eleva o preço do etanol, o ministro informou que 60 usinas estão moendo cana, mesmo em período de entressafra, e que 160 anteciparão para março a moagem, que normalmente se inicia em abril
Stephanes voltou a descartar que a escassez de etanol tenha alguma relação com os preços recordes registrados no mercado internacional de açúcar, o que estaria levando a uma migração das usinas em relação a seu produto final. “O aumento na produção de açúcar foi de apenas 4% em relação ao ano anterior, então, o grande impacto não foi o aumento, nem o preço do açúcar, até porque grande parte das usinas, principalmente as mais novas, não tem essa possibilidade de conversão.”
De acordo com o ministro, o cenário é muito bom este ano para o setor sucroalcooleiro, incentivado pela pressão do mercado externo, causada pela ausência da Índia, principal concorrente do Brasil no mercado internacional, que teve forte queda na produção.
Para a colheita, a perspectiva é de safra recorde. “Esse excesso de chuvas, que prejudicou a colheita e até a qualidade da cana, por outro lado, beneficiou a produção deste ano, ou seja, as indicações são de que teremos uma safra muito boa”, afirmou.
Danilo Macedo/Agência Brasil
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