Domingo, 30 de outubro de 2011 - 18h06
A força do vento pode garantir energia elétrica para indústrias ou até mesmo a instalação de uma grande usina eólica na região de Maringá.
Estas são as primeiras considerações de um estudo em fase de desenvolvimento no Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que tem como objetivo analisar a viabilidade de implantação de uma usina e de pequenos projetos de autossuficiência energética para empresas.
Segundo a professora de Economia Juliana Franco e a economista e consultora Marcela Gimenes, responsáveis pela análise, os primeiros resultados do trabalho, iniciado este ano, são positivos e têm indicado que investir na produção de energia eólica pode dar resultados na região.
"Até o mês de janeiro, teremos respostas mais concretas sobre a viabilidade. Por enquanto, os resultados têm sido satisfatórios", afirma Juliana.
O trabalho vai colaborar com a análise de empresários locais dispostos a investir nesta nova fonte energética por meio de parcerias com a Copel, por exemplo.
"Há gente de Maringá interessada em parcerias para uma usina e há empresários que avaliam a possibilidade de usar turbinas na nova sede das empresas que pretendem construir. Para uma grande usina, firmar uma parceria público-privada garantiria a viabilidade do investimento", revela Marcela.
Com base no estudo feito pela Copel e pela UEM, que aponta que a velocidade média anual do vento em Maringá é de 6,7 m/s, as pesquisadoras concluíram que é possível aproveitar cerca de 48% da capacidade de uma turbina eólica de grande porte.
"Se compararmos com áreas litorâneas, teremos uma usina menos competitiva, mas não podemos falar que não é viável", diz Marcela.
Juliana lembra que existem linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que podem financiar até 70% do projeto. Além disso, dependendo da região da cidade, é possível encontrar uma média anual de velocidade de vento maior.
"No caso de uma usina, a parte técnica é mais importante que a econômica. Temos que analisar a área disponível, o investimento no terreno, qual vai ser a localização das turbinas e a ligação com a rede de energia da Copel", aponta.
De maneira geral, o estudo vai conseguir aprofundar a constatação do Mapa do Vento da Copel, publicado em 2007 e que apontou a viabilidade da região de Maringá para investimentos na geração de energia eólica.
"Claro que, se houver o interesse comercial de empresários em pequenos projetos, vai ser preciso fazer estudos específicos na área em que se pretende investir. Os próprios fabricantes fazem esta exigência", relata a professora.
Atualmente, a energia eólica é responsável por menos de 1% da matriz energética brasileira, mas os planos nacionais são de que este porcentual suba para 7% em 2020.
"O País precisa correr atrás do tempo perdido. A China é hoje a maior produtora mundial de energia eólica e consegue exportar uma turbina pela metade do preço para o empresário brasileiro. No entanto, o BNDES não financia a importação, só produtos com 60% de nacionalização", explica Marcela.
Produção
1,1 mil MW Potencial de energia eólica instalado atualmente no Brasil, segundo o Governo Federal.
11 mil MW Potencial de geração de energia eólica que o Brasil pretende atingir até 2020.
Saiba mais
Desde a Antiguidade, a energia eólica é utilizada pelo homem, principalmente nas embarcações e moinhos. Atualmente, embora pouco utilizada, é considerada uma fonte importante, por não gerar poluição e não agredir o ambiente.
Grandes turbinas (aerogeradores) são colocadas em locais abertos e com boa quantidade de vento. Através de um gerador, o movimento destas turbinas gera energia elétrica.
Atualmente, apenas 1% da energia gerada no mundo provém deste tipo de fonte.
Fonte: Murilo Gatti / O Diário.com
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