Segunda-feira, 12 de abril de 2010 - 13h19
Mais de mil integrantes de movimentos sociais protestaram hoje (12), em Brasília, contra a construção da Usina Belo Monte, no estado do Pará. A passeata teve a participação do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), de lideranças do Parque Indígena do Xingu, além de ribeirinhos e indígenas que serão atingidos pela construção da hidrelétrica. Com gritos de protesto “água para vida e não para a morte”, “água e energia não são mercadorias”, o grupo fez panfletagem e hasteou bandeiras do movimento.
A mobilização percorreu a Esplanada dos Ministérios. Em frente ao Ministério de Minas e Energia, os manifestantes exigiram o cancelamento da licença prévia e do leilão da Usina de Belo Monte, previsto para o dia 20 de abril.
De acordo com a integrante da coordenação do MAB, Daiane Huhn, o objetivo do protesto é fazer um alerta sobre os interesses das grandes empresas consumidoras de energia na construção da hidrelétrica.
“Estamos aqui porque somos contra a construção da Usina de Belo Monte. Entendemos que a hidrelétrica veio para acabar com a Amazônia e privatizar a água e a energia no país. Ela vem atender apenas as grandes empresas interessadas na construção e no consumo de energia que será produzida.”
Os manifestantes também buscam a abertura de diálogo com o governo para propor alternativas à população que será atingida. Segundo a ribeirinha Audice Freitas da Silva, até o momento, não houve acertos em relação ao futuro dos moradores da região.
“Até o momento não houve diálogo. O governo afirma que isso será por conta da empresa que ganhará a licitação. Não sabemos quando e como serão organizadas as indenizações caso seja aprovada a construção de Belo Monte.”
Durante o protesto, foram coletadas assinaturas dos manifestantes contrários à construção da Usina de Belo Monte. O documento foi entregue pelo movimento ao Ministério de Minas e Energia.
Agência Brasil
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