Quinta-feira, 26 de novembro de 2009 - 19h50
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou que o processo de migração da matriz energética no Amazonas seja efetivamente concluído até setembro de 2010. Lula quer que as empresas que usam combustíveis poluentes como fonte de energia mudem para fontes limpas. Entre essas empresas estão a Petrobras e a Eletrobrás. A cobrança tem como pano de fundo a necessidade do país em reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A cobrança foi feita hoje (26), durante a inauguração do Gasoduto Urucu-Manaus, que vai transportar gás natural no estado. Segundo o presidente, a mudança é uma decisão do governo e não será admitida interrupção dessa migração. Ainda segundo o presidente, ele próprio estará no Amazonas para anunciar a conclusão da mudança.
“Vamos deixar claro que não vamos chegar ao dia 1º. de outubro de 2010 e dizer que não deu para fazer a mudança. A produção da energia no Amazonas vai ter que mudar de óleo combustível para gás até setembro do ano que vem”.
Na avaliação do presidente, o gasoduto será responsável por uma revolução na matriz energética do Amazonas. Ele disse ainda que a obra do gasoduto é como se fosse um filho dele próprio, do governador do estado, Eduardo Braga, do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielle e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
“A partir de setembro do próximo ano queremos anunciar ao mundo, ainda no meu mandato, essa mudança. O Eduardo [Braga, governador do Amazonas] não vai estar porque é candidato, o Alfredo [Nascimento, ministro dos Transportes] não vai estar porque acho que é candidato, a Dilma [Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil] também não vai estar porque acho que é candidata, mas eu não sou candidato e estarei no Amazonas para apertar o botão de todas as empresas usando o gás na produção de energia elétrica desse estado”.
A obra é integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem 661 quilômetros de extensão na linha tronco, que liga Urucu a Manaus. O gasoduto servirá, principalmente, para geração de energia elétrica em Manaus, que hoje é atendida por usinas termelétricas movidas a óleo combustível e a óleo diesel.
Amanda Mota/Agência Brasil
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