Quarta-feira, 23 de dezembro de 2009 - 14h20
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (23) que está praticamente “mendigando” ao Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a licença para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, maior empreendimento elétrico do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Estamos quase mendigando ao meio ambiente a autorização para construir Belo Monte. É uma hidrelétrica da qual não podemos abrir mão. O país Brasil necessita como nunca da construção dessa usina para garantir segurança energética”, afirmou hoje após participar da posse de diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo Lobão, a demora na concessão da licença ambiental prévia, que de acordo com o balanço do PAC, deveria ter saído em outubro, deverá atrasar a obra em pelo menos um ano. O início da operação ocorrerá em 2015, e não em 2014 como estava previsto inicialmente. “Já perdemos um ano, não podemos perder mais tempo para o início da construção”, acrescentou o ministro.
A previsão mais otimista é de que o Ibama conclua a análise dos documentos de Belo Monte em janeiro e decida ou não pela concessão da licença. Polêmico, o projeto da hidrelétrica enfrenta oposição de ambientalistas, comunidades tradicionais da região do Xingu e é alvo da atenção do Ministério Público. A pressão para autorizar as obras de Belo Monte desencadeou a saída de dois servidores do Ibama, entre ele o diretor de Licenciamento, Sebastião Custódio Pires.
Belo Monte terá potência instalada de 11 mil megawatts, a segunda maior do Brasil, atrás apenas da Hidrelétrica de Itaipu, no Rio Paraná, que tem 14 mil megawatts.
Luana Lourenço/Agência Brasil
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