Quarta-feira, 31 de março de 2010 - 10h11
A Usina Hidrelétrica Jirau realizará no mês de abril o segundo ciclo de palestras sobre o monitoramento do mercúrio no rio Madeira, nas comunidades de Jaci-Paraná, Mutum-Paraná e Abunã. O objetivo é informar os resultados da pesquisa e propor um diálogo com atualizações sobre o tema. As ações fazem parte do programa Hidrobiogeoquímico desenvolvido pela Usina e é um dos 33 programas constantes no Projeto Básico Ambiental (PBA).
O ciclo de palestras será realizado de 12 a 15 de abril e contará com apresentações de cientistas renomados internacionalmente e que acompanham os níveis do mercúrio no rio Madeira há quase dois anos. O professor doutor Luiz Fabrício Zara, um dos consultores que participa do monitoramento afirma que a temática chama a atenção de diversos segmentos da sociedade, uma vez que os níveis encontrados de mercúrio nos sedimentos, e principalmente nos peixes, são de interesse de todas as pessoas que residem no entorno do Madeira.
Segundo o consultor, o primeiro ciclo de palestras, realizado ano passado, contou com boa participação da população. “Aguardamos o mesmo resultado nesta edição”, adianta. “O interessante é que geralmente as pessoas que participam das palestras, além de se manterem informadas, colaboram com a divulgação do assunto”, detalha o pesquisador.
Todas as pesquisas feitas até o momento constatam que os índices de mercúrio encontrados no rio Madeira são normais para a região Amazônica. De acordo com Zara, este assunto tornou-se, inclusive, dissertação de mestrado na Universidade Pontifícia Católica de Goiânia. “Os resultados são animadores. Durante este período não encontramos evidências científicas de focos de contaminação, porém o monitoramento é permanente, uma medida preventiva e ambientalmente correta da Usina Jirau, o que garante um desenvolvimento socioambiental responsável”, diz.
Monitoramento no Canteiro
Uma das ações do programa é o acompanhamento técnico mensal das escavações no canteiro de obra por meio de coleta e análise do solo. Essa semana, os consultores realizaram mais uma etapa dessa tarefa no canteiro de obras da UHE Jirau. “Nosso objetivo é monitorar os níveis de mercúrio em todos os materiais movimentados, minimizando qualquer risco de remobilização de mercúrio para o meio ambiente”, garante doutor Zara.
Teste
Além do monitoramento ambiental, os pesquisadores desenvolverão atividades ligadas diretamente à saúde humana, um exemplo será o teste feito através do cabelo, a ser aplicado em ribeirinhos e comunidades que residem próximo ao rio Madeira. “Inicialmente iremos aplicar um questionário para entender questões socioculturais, hábitos alimentares e estilo de vida das comunidades. Em seguida faremos o teste usando fios de cabelos de voluntários para análise de mercúrio no corpo. Este método será utilizado porque à medida que os fios crescem, guardam informações sobre os níveis de metais que estão no corpo. O procedimento é simples, não expõe o voluntário, não dói e não é agressivo”, explica o pesquisador.
A equipe de cientistas responsável pelo monitoramento do mercúrio no rio Madeira é formada por especialistas da Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Universidade de Campinas (Unicamp).
Fonte: Comunica
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