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Jirau oficializa na Aneel aumento no número de turbinas


O consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionário da construção e operação da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (Rondônia), promete entregar esta semana à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) as últimas informações sobre a nova configuração da usina com a adição de seis turbinas, cada uma com 75 megawatts (MW), ao projeto original. A ampliação da hidrelétrica, que passaria de 3,3 mil MW para 3,75 mil MW, foi solicitada pelo consórcio há três meses e a definição deverá sair nas próximas semanas.


Segundo Victor Paranhos, presidente da ESBR, com a entrega das informações solicitadas pela Aneel, a empresa cumpre sua parte e fica aguardando uma definição da agência e do Ministério de Minas e Energia. Paranhos disse ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "já sinalizou" com a disposição de conceder financiamento adicional para a ampliação da obra. Com a expansão, a oferta de energia firme (garantida) passaria de 1.975 MW para 2.180 MW.


Pelos cálculos do consórcio, os 450 MW adicionais custarão entre R$ 650 milhões e R$ 700 milhões e o grupo precisaria de financiamento adicional do banco estatal de 70% do valor, ou seja, entre R$ 455 milhões e R$ 490 milhões. O BNDES já concedeu financiamento de R$ 7,2 milhões para Jirau, de um investimento originalmente previsto para ser de R$ 11 bilhões.


O consórcio ESBR é formado pelas empresas GDF Suez Energy South America (50,1%), Chesf (20%), Eletrosul (20%) e Camargo Corrêa (9,9%). A construtora ainda não oficializou, mas vendeu 5% do empreendimento à Funcef.


Paranhos disse que a ampliação da usina não acrescenta nenhum dano ambiental além do que já está previsto com a realização da obra, não sendo assim necessário licenciamento adicional para a sua execução. Ele afirmou ainda que até agora nenhum órgão de governo manifestou oposição ao pleito, embora estranhe a demora para sua aprovação. A Aneel preferiu não dar informações antes do seu pronunciamento formal.


Paranhos disse que, caso obtenha autorização, o plano da ESBR é ofertar a energia adicional no próximo leilão do mercado cativo (regulado) organizado pela Aneel, embora tenha a opção de oferecer a energia no mercado livre. No leilão de concessão da usina, a ESBR venceu a licitação oferecendo 70% da energia no mercado cativo pelo valor máximo de R$ 71,40 o megawatt/hora. Os 30% restantes serão vendidos no mercado livre.


O consórcio promete colocar a usina em operação no começo de 2012, antecipando em 34 meses o cronograma original que prevê início da geração em setembro de 2015. Das seis turbinas adicionais, duas já foram contratadas à chinesa Dong Fang, aumentando de 16 para 18 o total de equipamentos comprados na China. As outras quatro, se confirmadas, virão do mesmo fornecedor. O restante das turbinas (28) virá de fornecedores europeus.


Paranhos disse que, para não retardar as obras enquanto aguarda um pronunciamento do governo, a ESBR construiu uma espécie de muro isolando a área onde ficarão, ou não, as unidades adicionais. Atualmente, segundo Paranhos, 13 mil pessoas (20% mulheres) trabalham no canteiro de obras de Jirau. No pico das obras, previsto para novembro deste ano, o contingente chegará a 23 mil ou 25 mil, de acordo com o executivo.

Fonte: Valor Econômico/ Chico Santos e Vera Saavedra Durão, do Rio

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