Quinta-feira, 1 de outubro de 2009 - 10h22
Aneel salienta, porém, que legislação atual não permite colocar essa energia em leilões A-5, porque estes certames são específicos para energia nova
A proposta apresentada na última terça-feira, 29 de setembro, pela GDF Suez de comercializar a energia de Jirau (RO-3.450 MW) destinada ao ambiente de contratação livre para o mercado cativo surpreendeu o setor, mas foi recebida positivamente pelos agentes consultados pela Agência CanalEnergia.
Eles lembraram que a reversão do quadro econômico, que se mostrava expansionista na época do leilão da usina, reverteu-se de modo que se tornou difícil a alocação da energia no mercado livre. "Agora, com a redução do mercado devido à crise, não está havendo acomodação para essa energia ou pelo preço que eles queriam agregar valor quando fizeram a oferta para o mercado cativo", analisou Lúcio Reis, diretor-executivo da Associação Nacional dos Consumidores de Energia.
Jerson Kelman, ex-diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica e sócio da BR Investimentos, acha "extremamente razoável" deslocar essa energia para as distribuidoras. O diretor da Aneel, Edvaldo Santana, lembra, por sua vez, que não é possível, pela legislação atual, colocar essa energia nos leilões de energia nova, como o A-5, porque são destinados a concessão de energia.
"O resultado do A-5 é uma concessão, como ela [Jirau] já tem a concessão não pode [vender]", salientou Santana. Ele disse que a energia só poderia ser vendida em um certame A-1, um ano após o início da operação da usina. O diretor da Aneel ponderou que se há alguém interessado em vender esse volume de energia hídrica em leilão, a questão deve ser analisada.
"Em qualquer leilão A-3 ou A-5, eles vão conseguir um valor maior que os cerca de R$ 70/MWh conseguidos no leilão", frisou o diretor, acrescentando que o valor poderá ficar próximo dos R$ 130/MWh pedidos ao mercado livre. Paulo Pedrosa, presidente da Associação Brasileira dos Agentes de Comercialização de Energia Elétrica, deveria haver uma sinergia maior entre os dois mercados.
"Deveria ser sempre possível nos momentos em que um dos dois mercado tivesse um apetite maior pela energia, ela pudesse fluir de uma forma eficiente para o outro mercado", sugeriu o executivo.
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Mercado Livre
Colaborou Carolina Medeiros
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