Quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 - 16h49
Indústrias de equipamentos instalados na rede de distribuição buscam a regulamentação do selo que combate o desperdício e preserva o ambiente
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) detalhará nos próximos meses as normas que a indústria deverá seguir para obter do selo que indica o grau de consumo de energia dos transformadores instalados nas redes brasileiras de distribuição elétrica. A etiqueta, semelhante às aplicadas em geladeiras, condicionadores de ar residenciais e outros equipamentos elétricos, foi criada por um grupo de 21 indústrias do setor. Com a iniciativa, as empresas pretendem combater o desperdício de energia e aumentar a qualidade e a eficiência dos equipamentos.
A adesão do Inmetro ao trabalho da indústria é um passo importante para esse reconhecimento e para a regulamentação dos transformadores pela Lei 10.295/2001, que prevê padrões mínimos de eficiência energética para aparelhos elétricos usados no Brasil. “O Inmetro é a instituição que tem a atribuição legal de normalizar os selos de eficiência energética”, explica o presidente do Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), Paulo Leonelli.
Segundo o técnico de avaliação da conformidade do Inmetro, Alexandre Paes Leme, a normalização aumentará a credibilidade da etiqueta lançada pela indústria em junho do ano passado, já que a regulamentação oficial deve demorar cerca de dois anos. Além de reduzir o desperdício, diz Leme, o maior beneficiado com o selo será o consumidor brasileiro. “É a população que paga pelo transformador ineficiente”, afirma.
Conforme o consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rodrigo Garcia, a eficiência energética dos transformadores reduzirá as perdas técnicas de energia na rede de distribuição e, conseqüentemente, diminuirá a conta de luz dos brasileiros. “Além do combate ao desperdício, do melhor aproveitamento dos recursos naturais, haverá uma redução nos custos de energia”, completa. “A eficiência energética dos transformadores favorecerá toda a sociedade”, diz Ubirajara Meira, diretor de Tecnologia da Eletrobrás.
Os níveis mínimos de eficiência dos equipamentos serão definidos a partir de estudos técnicos e de uma base de dados organizados pelas indústrias do setor. O trabalho é coordenado por um grupo de técnicos da CNI, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), da Eletrobrás, do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da Associação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica (Abinee) e do Ministério de Minas e Energia.
Os estudos indicam que as indústrias brasileiras têm condições técnicas para produzir transformadores até 30% mais eficientes que os disponíveis no mercado. Atualmente, existem cerca de 2,5 milhões de transformadores instalados nas redes de distribuição de energia do país. As indústrias do setor colocam aproximadamente 130 mil novos aparelhos ao ano no mercado. Os transformadores novos, que duram entre 15 e 20 anos, são usados na reposição de antigos ou na expansão das redes de distribuição.
Fonte: CNI
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