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Inimigo do etanol do Brasil admite fim de tarifa


Senador dos EUA acha difícil manter taxa de importação 

O senador republicano Charles Grassley admitiu que será “difícil” e “controverso” para os Estados Unidos manterem a tarifa de importação contra o etanol brasileiro. A taxa de US$ 0,54 por galão expira no fim deste ano. A declaração foi comemorada pelo setor, porque Grassley é conhecido como “inimigo” do Brasil no Congresso dos EUA. 

“A única coisa que pode ser difícil e controverso de manter é a tarifa de importação de etanol”, disse o senador em sua conferência telefônica semanal com repórteres, ao ser questionado sobre a renovação de tarifas e subsídios em 2010. Logo em seguida, ele acrescentou que “vai lutar” para manter a taxa. 

Grassley é líder da oposição republicana no poderoso Comitê de Finanças do Senado americano. Republicano pelo Estado de Iowa, o senador é um dos principais apoiadores do setor agrícola americano e um ferrenho defensor do etanol de milho. 

Grassley também ficou conhecido no Brasil por pedir a exclusão do País do Sistema Geral de Preferências (SGP), que beneficia com reduções tarifárias a importação de países pobres. O senador se enfureceu com a posição do Brasil de líder dos emergentes contra os Estados Unidos nas negociações da Rodada Doha. 

“A declaração do senador é um sinal das primeiras rachaduras no protecionismo contra o etanol. Nosso trabalho nos últimos dois anos deve estar incomodando”, disse o representante-chefe da União da Indústria Canavieira de São Paulo (Unica) em Washington, Joel Velasco. 

As usinas brasileiras avaliam que 31 de dezembro é o “Dia D” para o setor. Para Velasco, a melhor oportunidade de acabar com a tarifa é impedir a renovação. A taxa contra a importação do etanol existe desde 1980 e já foi renovada várias vezes. A última foi em 2008 na formulação da Farm Bill – lei agrícola americana. 

Além da operação fixa em Washington, a Unica também contratou escritórios de advocacia e de lobby, além de uma firma de relações públicas, para avaliar qual é a opinião dos americanos sobre a renovação da tarifa do etanol. 

Para Velasco, mudanças importantes no mercado de etanol nos Estados Unidos desde 2008 podem dificultar a renovação da tarifa e devem estar tirando o sono de Grassley. No auge da bolha das commodities, os preços do milho dispararam nos Estados Unidos e a utilização do cereal para a fabricação de combustível está incomodando a indústria de alimentos. Além disso, a tarifa de importação de etanol é coordenada com a concessão de subsídios que, por causa da expansão da produção de etanol de milho, hoje custam US$ 5 bilhões aos cofres públicos americanos. O consumidor dos EUA é vital pela indústria brasileira para criar um mercado global de etanol. Em 2009, o Brasil exportou cerca de 1 bilhão de litros para os EUA.

Fonte: O Estado de S.Paulo/Raquel Landim

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