Quarta-feira, 27 de janeiro de 2010 - 19h52
O líder indígena Henderson Hualinga, da Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana, pediu hoje (27), durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, a saída da Petrobras de uma área de exploração de petróleo em uma região de floresta situada no noroeste do Peru.
“Na região do Lote 117 [na fronteira Peru-Equador-Colômbia], os povos quechua estão dizendo bem claro que não querem a Petrobras. Ali é uma reserva natural e nós queremos nosso território são”, disse, em um debate sobre sustentabilidade.
Segundo Hualinga, a empresa brasileira explora petróleo em uma área concedida pelo governo peruano sem consultar os povos indígenas que vivem na região.
“O governo peruano tem entregado nossos territórios a empresas multinacionais, porque lá estão o petróleo, a madeira, todos os recursos que nós temos. O governo não nos considera e não nos respeita, por isso faz todo tipo de negócio com nossa terras sem nos consultar. As empresas exploram e deixam para nós a contaminação e as enfermidades.” A Petrobras não se pronunciou sobre o assunto.
Hualinga também denunciou a perseguição de líderes indígenas da Amazônia peruana por causa da defesa dos interesses dos povos tradicionais da região. “A mobilização tem tido um custo alto para nós, com morte de indígenas e de policiais, nossos compatriotas. E há amigos exilados na Nicarágua porque são perseguidos por defender a sobrevivência do povo peruano.”
A entidade vai aproveitar o FSM para fazer um abaixo-assinado pedindo a volta dos exilados indígenas ao Peru.
Luana Lourenço / Agência Brasil
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