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IBAMA: Não há pressão extra por Belo Monte



O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Roberto Messias, disse hoje que não está desconfortável no cargo e continuará presidindo o órgão. "Continuo no cargo e com todos os encargos difíceis que ele prevê. Não estou desconfortável. Só gostaria de não ter tanto trabalho e responsabilidade nos meus ombros. Preferia estar numa praia, tomando água de coco. Mas estou dando o meu melhor na tarefa de presidir uma das principais instituições do País, em um dos seus momentos mais cruciais", afirmou.

As declarações do presidente do Ibama são uma resposta à afirmação feita hoje mais cedo pela senadora Marina Silva (PV-AC), que disse ter recebido notícias de que Messias estaria desconfortável no cargo. A diretoria do Ibama está no foco das atenções já que, ontem, foram anunciadas as saídas do diretor de Licenciamento, Sebastião Custódio Pires, e do coordenador-geral de Infraestrutura de Energia Elétrica do Ibama, Leozildo Tabajara da Silva Benjamin. Segundo fontes de dentro do órgão, os dois deixaram o cargo devido às pressões do governo para apressar o licenciamento do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).

Sobre esse assunto, Messias afirmou que não há nenhuma pressão fora do normal no caso de Belo Monte. "Não existe nada excepcional e o presidente Lula disse que quer a licença o mais rápido possível, mas não quer que haja açodamento para não se impor nenhum sacrifício à população. Estou seguindo a instrução dele (Lula) de trabalhar com rigor", disse.

Com relação às saídas do diretor e do técnico, Messias não confirmou a tese de que eles saíram diretamente por causa de Belo Monte. Mas disse que, em ambos os casos, a decisão teve motivação pessoal, causada pelo excesso de trabalho. "Há um momento em que a pessoa fala que a qualidade de vida dela está sendo afetada e não vale mais a pena. O Leozildo, por exemplo, teve problemas de doença na família", disse o presidente do Ibama, acrescentando que, em alguns momentos, as pessoas percebem que o trabalho oferece mais custos que benefícios.

Messias disse que o projeto de Belo Monte é um dos mais complexos já analisados pelo Ibama, principalmente porque existem muitas pessoas contra e a favor, com argumentos e preocupações legítimas de ambos os lados. Ele não quis se comprometer com uma data para a liberação da licença, afirmando que, se for necessário mais tempo, o Ibama vai usá-lo, o que não significa que vai protelar o trabalho.

Questionado se a saída de Custódio, no meio do processo de licenciamento de Belo Monte, afetaria a credibilidade do aval que vier a ser dado pelo Ibama, Messias usou uma metáfora futebolística. "O Adriano (atacante do Flamengo) machucou o pé, mas o time venceu. O Petkovic teve de jogar mais. Agora, saíram duas pessoas, mas escolhemos um novo diretor, que é um geólogo, de altíssimo nível, uma pessoa que conhece bem a Região Amazônica e tem uma vida acadêmica e profissional da maior qualidade", disse, referindo-se ao novo diretor de licenciamento, o ex-superintendente do Ibama em Mato Grosso, Pedro Bignelli.

Fonte:  Ascom

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