Sexta-feira, 29 de abril de 2011 - 11h59
Flávia Villela
Agência Brasil
Rio de Janeiro – As usinas hidrelétricas podem ser um vetor importante para auxiliar o país na preservação ambiental. A avaliação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, que participou hoje (29) de um debate sobre uma nova arquitetura energética para a América Latina durante o Fórum Mundial Econômico para a América Latina.
“Isso é possível a partir do momento em que você obriga as hidrelétricas a recuperar as matas ciliares, a criar parques de preservação ambiental, condicionantes para trazer benefícios para a população local”, disse o presidente da estatal, ligada ao Ministério de Minas e Energia.
Segundo ele, hidrelétricas deixaram de ser apenas uma fonte de energia para também contribuir para a melhoria do país.
“É interesse do Brasil preservar o seu ecossistema e aproveitar seu potencial hidrelétrico, que é uma energia renovável, que praticamente não emite carbono e que permite abastecer o país. É possível conciliar os dois. Basta usar a criatividade, construindo usinas com reservatórios menores, com obrigações ambientais e contribuindo para o desenvolvimento social regional."
Para o presidente da EPE, qualquer país do mundo gostaria de estar na situação do Brasil e ter esse potencial hidroelétrico. “A maioria dos países desenvolvidos já usaram 100% de sua energia hidroelétrica. Nós somos um dos poucos países que ainda não usou [todo] esse potencial."
Segundo ele, o Brasil é líder mundial na questão do combate ao aquecimento. "Temos 46% de matriz renovável, enquanto o restante do mundo tem apenas 14% de energia renovável e nos países ricos, apenas 7% são renováveis. O grande desafio do Brasil é conseguir crescer mantendo essa liderança mundial."
Para Tolmasquim, isso é possível já que o país utilizou apenas um terço da energia hidroelétrica e ainda tem grande fonte de energia eólica e da cana-de-açúcar.
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