Sexta-feira, 9 de março de 2012 - 16h25
Roberta Lopes
Agência Brasil
Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse ontem (8) que o país não irá deixar de construir obras como as das usinas hidrelétricas de Belo Monte e Jirau, mas vai passar a adotar o modelo de consultas proposto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.
“Buscamos aperfeiçoar nossos métodos, sabemos que há uma dívida histórica com os povos indígenas e as comunidades quilombolas tradicionais por muitos direitos violados. Estamos fazendo de tudo para caminhar, evoluir e respeitar esses direitos”, disse Carvalho.
A convenção da OIT prevê que essas comunidades tradicionais sejam previamente consultadas sobre medidas administrativas ou legislativas que o governo pretenda tomar e que possam atingí-las.
O ministro também comentou informações divulgadas na imprensa de que as comunidades indígenas não foram consultadas sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o que violaria as normas da Convenção 169. O governo considera que houve, sim, consulta aos indíos da região onde Belo Monte está sendo erguida. “Entendemos que houve consulta. Talvez não tenha sido a mais perfeita. Queremos, para as próximas obras, fazer consultas nos termos da [Convenção]169”.
“É evidente que seria muito melhor o governo cruzar os braços e não fazer [as usinas hidrelétricas] Jirau, Santo Antônio e de Belo Monte, quem sabe em um novo modelo de desenvolvimento que não estivéssemos usando energia elétrica ou ar-condicionado, mas não é essa a realidade do Brasil”, acrescentou.
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