Segunda-feira, 2 de maio de 2011 - 10h05
RIO - A GDF Suez estuda participar do leilão de A-3 que será realizado este ano oferecendo a energia que será produzida pelas quatro turbinas adiconais que a empresa pretende instalar na hidrelétrica de Jirau, que está em construção no rio Madeira, em Rondônia. O presidente da empresa para a América Latina, Jan Flachet, afirmou que a decisão depende da definição de qual o volume de energia assegurada das quatro turbinas.
"[O leilão de] A-3 é solução para usinas térmicas. Achamos que é melhor fazer turbinas a mais em Jirau e competir com as térmicas, substituindo térmicas por mais hidráulicas, que é solução muito melhor para o país, para a eficiência e para a emissão", afirmou Flachet, que participou do Fórum Econômico Mundial para a América Latina (WEF), no Rio de Janeiro.
O executivo ressaltou que hoje a Tractebel Energia, controlada pela GDF, tem participação de cerca de 6% no mercado brasileiro e que o objetivo da companhia é crescer junto com o setor de energia do país.
"Para acompanhar o desenvolvimento do país precisa de investimentos e estamos lá para acompanhar esses investimentos, sempre com o retorno que esperamos", disse Flachet.
A greve de funcionários da obra de Jirau foi considerada uma surpresa por Flachet, que ponderou que a empresa ainda não compreendeu exatamente o que aconteceu no canteiro. O executivo confirmou que o desvio do rio Madeira está mantido para ser feito em agosto e explicou que GDF e Camargo Corrêa, que toca a obra, ainda analisam o efeito da greve sobre o cronograma, que prevê início das operações em março de 2012.
Para ele, o grande gargalo para a antecipação da entrega de energia não deverá ser a manifestação que parou as obras de Jirau em março, mas a conexão com as linhas de transmissão, que ainda não têm licença de instalação.
"Temos duas casas de força que estamos construindo simultaneamente e pode ser que uma entre depois da outra. Pode ser que a linha de transmissão de Porto Velho não fique pronta", destacou Flachet. "É uma coisa que nos preocupa. Deveríamos estar tranquilos sobre esse aspecto, mas não está sendo assim. No cronograma inicial, que era o primeiro semestre de 2012, não vamos ter linha, não vamos poder evacuar a energia", acrescentou.
Mas o executivo minimizou os temores e lembrou que "todos os projetos têm seus problemas durante a construção". Ele citou a hidrelétrica de Estreito, na qual houve mudança de empreiteira no meio da obra e, mesmo assim, o projeto decolou e começou ontem a entregar energia.
"Temos que trabalhar para encontrar solução. É um contratempo, mas temos que superar isso e encontrar a solução para levar adiante o projeto", ponderou.
(Fonte: Valor Econômico/Rafael Rosas)
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