Segunda-feira, 30 de novembro de 2009 - 09h18
A governadora Ana Júlia Carepa levou o diretor geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, para conhecer a realidade das cidades paraenses às margens das rodovias BR 230 - a Transamazônica - e da BR 163 - a Santarém-Cuiabá.
Em Altamira, a governadora acompanhou o diretor do DNIT até o km 23 da rodovia Transamazônica, em que pôde conhecer trechos onde o asfalto foi tragado pela chuva do último inverno amazônico. Longos trechos de asfalto intercalados por estradas de terra, pontes erodidas e muita poeira marcaram a visita.
Acompanharam a governadora diversos secretários de Estado, como o Chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, a secretária de Desenvolvimento Urbano e Regional, Suely Oliveira, a secretária de Educação, Socorro Coelho, o prefeito de Anapu e presidente do consórcio Belo Monte, Francisco de Assis, o Chiquinho do PT, o deputado federal Zé Geraldo, o deputado estadual Aírton Faleiro, além de lideranças locais, prefeitos e vereadores.
O desejo destas lideranças ficou muito claro ao diretor do DNIT durante a plenária do 1º Fórum Regional de Desenvolvimento Sustentável, organizado pelo Fort Xingu: a liberação dos recursos para a pavimentação da Transamazônica e da Santarém-Cuiabá. Luiz Antônio Pagot declarou que diversos problemas impediram o prosseguimento da obra, entre eles problemas ambientais e de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Contudo, a mitigação do impacto ambiental está aprovada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e os recursos estão previstos dentro do PAC Infra-estrutura. Ele estima que, em março de 2010, as obras devem ser reiniciadas.
A governadora Ana Júlia destacou a importância da retomada das obras, uma vez que estas duas estradas servem de ligação entre as cidades da região. Entre as riquezas que circulam por estas estradas, a governadora citou a criação de gado bovino. Ainda sobre este assunto, a governadora disse que finalmente a carne do rebanho paraense está de volta aos grandes supermercados do Brasil e do mundo, pois ela assinou com o ministério público federal o termo de ajuste de conduta que garantirá a certificação de responsabilidade ambiental, o que abrirá muitos mercados para o produtor paraense.
A instalação da Hidrelétrica de Belo Monte foi abordada na fala da governadora. Alvo de muita polêmica na região do Xingu, a hidrelétrica divide opiniões na sociedade. A governadora destacou a garantia de que os impactos sociais serão compensados pelo consórcio vencedor da licitação.
Outra questão polêmica sobre a obra é a destinação da energia gerada. Oposicionistas do projeto temem que aconteça o mesmo que na construção de Tucuruí. O Pará, apesar de maior produtor de energia do país, ainda tem regiões que dependem de energia de termelétrica a diesel. "Consegui, junto ao presidente, a garantia que Belo Monte, depois de pronta, destinará 20% de toda a energia produzida para o Pará", afirmou a governadora.
A governadora garantiu que a energia de Belo Monte é crucial para a verticalização da cadeia do alumínio. "Hoje, a bauxita extraída de Juruti, aqui na região oeste do Estado, é enviada para o Maranhão para ser transformada em alumínio, um produto de maior valor agregado. Ou seja, os maranhenses ganham mais dinheiro às nossas custas".
Fonte:Levi Menezes/Agência Pará
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