Segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010 - 06h10
Um grupo de representantes das mais de 35 famílias de produtores rurais, moradores do ramal Campo Esperança, localizado da zona rural do município de Capixaba, peregrina por repartições públicas, com uma denuncia que faz recordar os tempos dos grandes coronéis, grandes proprietários de terras, que faziam as próprias leis. Os agricultores denunciam que o pecuarista Jorge Moura, proprietário da fazenda Paraíso, impediu o avanço do projeto Luz para Todos do Governo Federal, após os postes e fiação ter chegado a sua fazenda, “depois que os cavalos de raça de sua propriedade, tiveram as baias iluminadas, ele proibiu as equipes que trabalham na implantação do projeto, continuassem a trabalhar, deixando todos os pequenos produtores no escuro”, acusa o presidente da recém criada associação dos produtores do ramal, Amiraldo Pereira.
Segundo documento apresentado por Amiraldo, o pecuarista Jorge Moura autorizou a Prefeitura de Capixaba abrir um ramal de 18 quilômetros de extensão, por dentro de sua propriedade, para que as famílias tivessem acesso ao Luz para Todos, mas quando a fiação foi instaladas nos seis primeiros quilômetros, chegando a sede da fazenda do pecuarista, ele entrou com um requerimento na Eletroacre, pedindo interdição do projeto, com a justificativa de ser o proprietário das terras ocupadas pelos agricultores.
Com a decisão do pecuarista, segundo Amiraldo Pereira, três ramais deixam de receber o benefício da energia: ramal Campo Esperança, ramal do Jair, ramal Manoel da Cunha. Os agricultores alegam que a falta de energia impede o funcionamento da escola rural, negando a possibilidade dos agricultores que passam o dia nos roçados, tenham a oportunidade de serem alfabetizados. “Os adultos precisam estudar, mas não podem pela falta de energia”, diz Manoel Luiz do Nascimento, 71, que ainda alimenta esperanças de estudar e poder fazer o que ele chama “mexer com os papeis”, sozinho sem ter que recorrer à ajuda na cidade, quando precisa resolver problemas burocráticos.
Os agricultores recorreram ao Ministério Público Estadual (MPE), e entraram com uma ação, no mês de outubro de 2009, pedindo a continuidade do Luz Para Todos, mas o pedido foi negado pela promotora Alessandra Marques, que justificou, não poder agir no caso por se tratar de uma área em litígio, envolvendo posseiros, “a doutora falou que posseiro, não é dono de terra, portanto, não poderia reivindicar nenhum tipo de benefício e deu o assunto por encerrada”, lembra Amiraldo Pererira.
Fonte: ac24horas
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