Sexta-feira, 22 de janeiro de 2010 - 15h01
Mais de 40 anos após ser oficialmente desativada, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) começa a ser preparada para ter um trecho de 7,3 quilômetros – entre Porto Velho e Santo Antônio – reativado. A responsabilidade da restauração de material rodante, dos galpões e via permanente (trilhos e dormentes) é da Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela construção e pela futura operação da Usina Hidrelétrica (UHE) Santo Antônio, em parceria com a Prefeitura Municipal de Porto Velho, que se incumbirá do remanejamento da população residente em seu entorno imediato, da supervisão dos trabalhos e da operação do Complexo depois de revitalizado.
Um termo de cooperação foi assinado esta semana entre a Cooperativa dos Trabalhadores do Ramo Ferroviário e da Manutenção Civil – Cootrafer, que reúne cerca de 30 ex-ferroviários e a concessionária Santo Antônio Energia, no valor de R$ 295.970,72, para ser utilizado na aquisição de materiais de limpeza e de escritório para reativação da sede da cooperativa, que funcionava no prédio da Estação Ferroviária de Porto Velho.
Os recursos também serão utilizados no pagamento de mão-de-obra para limpeza e recolhimento de lixo dos prédios da oficina e rotunda, da Casa de Força, nas margens dos 7,3 quilômetros a serem reativados, no Cemitério da Candelária, na recuperação de uma litorina, uma cegonha e um kalamazoo (veículo ferroviário usado no transporte de trabalhadores), e na verificação da necessidade de substituição de trilhos, dormentes, grampos e peças indispensáveis à revitalização da EFMM.
Experiências
No Plano Básico Ambiental – PBA, que compõe a série de condicionantes para a emissão da Licença de Instalação, estão previstas duas ações a serem desenvolvidas pela Santo Antônio Energia, uma relacionada ao Patrimônio Histórico (EFMM) e outra de apoio às comunidades indígenas. “Foi para ampliar os efeitos do PBA e em conjunto com o Iphan que nós fomos buscar a experiência dos ex-ferroviários para a revitalização da Madeira-Mamoré. O mesmo conceito foi levado para as comunidades indígenas”. Quem explica a origem do Termo de Compromisso é o engenheiro florestal Acyr Gonçalves, coordenador de Sustentabilidade da Santo Antônio Energia.
Ainda segundo Acyr, a assinatura do termo de cooperação é o coroamento de um longo período de preparação, que começou com a contratação de um contador para analisar e regularizar toda a documentação da Cootrafer e das associações dos indígenas. Enquanto a documentação era regularizada, foi estudada a forma como as parcerias poderiam ser feitas, “buscando cumprir as exigências do PBA e, ao mesmo tempo, envolvendo as pessoas que fazem parte de cada uma das comunidades envolvidas. A política de responsabilidade social da empresa foi aplicada desde o primeiro passo e estamos chegando ao nosso objetivo, fortalecendo as instituições envolvidas, para que elas cumpram seus papéis de realizadoras de ações que beneficiem seus associados”.
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Da esquerda: André Costa da Silva e Acyr Gonçalves, da Santo Antônio Energia e Paulo da Costa Ramos e Laércio de Oliveira Soares, da Cootrafer/Foto: José Carlos Sá |
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