Estudantes vão às ruas combater a dengue em Jaci Paraná

O sorriso no rosto, muita empolgação e a vontade de ajudar no combate à dengue fez aproximadamente 70 crianças da quinta série das escolas Joaquim Vicente Rondon e Cora Coralina, de Jaci Paraná, irem às ruas checarem se os adultos têm cumprido a tarefa de evitar a formação de focos do mosquito nos quintais e sensibilizar para os cuidados com o terreno.

A ação realizada pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, aconteceu em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e a Secretaria Municipal de Educação (Semed), na quinta-feira (02) nas principais vias do distrito de Jaci Paraná. A concentração dos alunos foi no posto de saúde da localidade e contou com a participação dos agentes de endemias da Semusa, professores da Semed e funcionários da Construtora Camargo Corrêa.

De acordo com a analista de Socieconomia da ESBR, Fernanda Benincasa, crianças e adolescentes são bons multiplicadores de informação dentro de suas casas, podendo chamar a atenção dos vizinhos e amigos quanto à prevenção e o combate da doença. “O controle da dengue exige mudança de comportamento. O mosquito transmissor é essencialmente urbano e cerca de 90% dos criadouros estão dentro das residências e no lixo acumulado no quintal. Por isso, é preciso que a população se envolva neste combate”, enfatizou. Para evitar o acúmulo de lixo e entulho, potenciais criadouros da dengue, cinco caçambas foram disponibilizadas e distribuídas em vários pontos do distrito para coletar os resíduos.

O enfermeiro chefe da Divisão de dengue da Semusa Raimundo Feitoza, disse que a parceria entre a ESBR e a Semed é o caminho para a formação do grande exército de combate ao vetor. “As crianças estão ajudando na conscientização e levando informações à população. Elas serão também inspetores em casa e na vizinhança para não deixar água acumulada. O trabalho com a ESBR está sendo muito importante nesse sentido”.

Apesar da timidez, os jovens se esforçaram para explicar e entregar os folders com informações da doença para os moradores. Como o caso de Jader Legal, 11 anos e Hudson Felipe, também 11 anos, que caminharam de casa em casa, repassando tudo o que aprenderam nas palestras ministradas pela equipe da ESBR.

 “Eu digo que não pode deixar nenhum tipo de lixo jogado no quintal. O mosquito nasce até em uma tampinha de garrafa. A dengue mata e é por isso que se deve manter tudo limpo. Se a pessoa não tiver onde jogar o lixo ou o entulho que tem em casa, levem para as caçambas que estão no distrito durante o mês”, explicou Hudson Felipe.

O morador Rogério de Oliveira aprovou a iniciativa. “As crianças estão se saindo muito bem. E isso é bom, pois além de ver o engajamento dos jovens, retorna o alerta para os moradores. Não podemos vacilar. É preciso limpar o terreno. Eu estou fazendo a minha parte”, argumentou.

Durante a última semana, as crianças das escolas Cora Coralina e Joaquim Vicente Rondon, participaram dos concursos de desenho e de redação, além das palestras educativas. Os autores dos melhores desenhos foram premiados com brinquedos pedagógicos. E das melhores redações, com mochilas e material escolar para o próximo ano letivo.  

 Fonte: Comunica