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Especialistas vão debater desenvolvimento sustentável e energia




Rio de Janeiro - A conscientização mundial em relação à importância do desenvolvimento sustentável para o futuro da humanidade levou muitos países a terem objetivos convergentes no sentido de reduzir as emissões de gás carbônico. No campo da energia, isso implica diminuir a fatia de participação dos combustíveis fósseis, destaca o economista Helder Queiroz, do Grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
 

Segundo ele, atualmente 86% da matriz energética mundial são combustíveis fósseis, como o carvão, petróleo e gás natural. No caso do Brasil, que tem uma participação hidrelétrica e de biomassa importante, 55% são combustíveis fósseis.
 

De acordo com o economista, o grande problema é que o Brasil contribui para o aquecimento global principalmente por meio do desmatamento. As ações que podem ser adotadas pelos países para reduzir as emissões de gás carbônico na área energética serão debatidos durante a IAEE International Conference, que será realizada pela primeira vez no Brasil. O evento será aberto na próxima semana, no Rio de Janeiro.
 

Coordenador do programa da conferência, Helder Queiroz salientou que a maioria dos países já iniciou um processo de revisão de suas políticas energéticas. Ele ressaltou, porém, que “não basta revisar os objetivos de política, é preciso revisar também os instrumentos”. Ele citou os mecanismos de regulamentação entre os instrumentos que serão abordados durante o evento por especialistas nacionais e estrangeiros.


O desenvolvimento sustentável reforça também a importância cada vez maior do binômio tecnologia e energia, disse o economista da UFRJ. “Quando a gente fala, por exemplo, em reduzir a demanda de energia no setor de transporte, está falando da evolução do automóvel que, provavelmente, daqui para frente, vai comportar os motores elétricos, híbridos. Então, você está tendo uma evolução em termos de inovação tecnológica muito forte, no caso, de equipamentos. Isso vale para outros setores.”
 

Queiroz avaliou que a dimensão tecnológica dessa fase de transição da matriz energética é “muito importante daqui para frente”. O assunto será debatido na primeira plenária da conferência anual, organizada pela Associação Internacional de Economia da Energia (IAEE, da sigla em inglês).
 

Dentro do cenário de desenvolvimento sustentável na área energética, o economista afirmou que a energia nuclear terá um papel complementar no Brasil nos próximos anos.
 

Já nos países que utilizam mais fontes poluentes de energia, como o carvão e o óleo combustível, o uso da energia nuclear pode ser acelerado, porque a geração nuclear não tem o mesmo impacto em termos de emissão de gás carbônico. “A [energia] nuclear acaba sendo vista como um vetor de transformação da matriz elétrica, permitindo uma redução das emissões de CO2”. As novas tecnologias nucleares serão tema de palestra durante a conferência da IAEE.
 

No caso brasileiro, Queiroz afirmou que o uso da energia nuclear, com a construção de novas usinas no país, visa a diversificar a matriz energética e garantir a segurança do abastecimento elétrico. Ele não vê, contudo, uma aceleração do programa nuclear no Brasil. “Mas a gente vislumbra essa possibilidade de complementaridade da oferta de eletricidade.”
 

Alana Gandra / Agência Brasil

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