Energia Sustentável pede agilidade no decreto que libera garantias para estatais

Para Victor Paranhos, trâmites deverão estar resolvidos até o fim deste mês 
  
O presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, cobrou mais agilidade na operacionalização do decreto que libera as estatais a prestarem garantias. O decreto beneficiou as usinas do Rio Madeira - Santo Antônio (3.150 MW) e Jirau (3.450 MW) - que contam com participação de estatais nas Sociedades de Própósito Específico. No caso de Jirau, a SPE conta com a participação de Chesf e Eletrosul. Já Santo Antônio tem entre os acionistas, Furnas e Cemig.

Para Paranhos, o decreto foi fundamental, principalmente nesse momento de crescimento econômico, onde se tem investimentos elevados na área de energia e é essencial a participação da Eletrobrás. "A Eletrobrás estava em uma situação complexa, porque ela tem patrimônio, tem interesse em dar garantias e não estava podendo dar essas garantias para as suas SPEs", afirmou o executivo.

Agora, segundo ele, o mais importante é que o processo de operacionalização seja agilizado, ou seja, as partes envolvidas - bancos privados e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - precisam aceitar a mudança e a Eletrobrás também precisa realizar suas assembléias. "Depois do decreto sempre tem portaria, interpretação e isso tem que ser operacionalizado. A gente espera que todo esse processo esteja terminado até o fim do mês", comentou.

Paranhos contou ainda que a Energia Sustentável do Brasil já estava com dificuldades de conseguir cartas fiança para cobrir a parte das estatais no financiamento. "Os bancos chegam ao seu limite de garantias para uma SPE. Então a gente estava tendo dificuldades", disse. De acordo com o executivo, a SPE tem recursos para continuar as obras de Jirau nesse primeiro trimestre, mas precisa de mais agilidade nessa questão das garantias. 

Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças