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Em protesto, trabalhadores paralisam novamente usina de Jirau



Desde ontem (08/03), os operários da usina hidrelétrica de Jirau paralisaram as obras da usina por melhores salários e condições de trabalho. Cerca de mil trabalhadores terceirizados vinculados à empresa ENESA iniciaram o protesto que, segundo informações, em seguida agregou os demais trabalhadores da usina.

Várias empresas que prestam serviço retiraram do local máquinas e ônibus que transportam os trabalhadores com receio de uma nova onda destruição, a exemplo do que ocorreu em março de 2011, motivada pelos baixos salários e pelas péssimas condições de trabalho, de alimentação e alojamento. Naquela oportunidade, cerca de 20 mil trabalhadores se envolveram na paralisação.

 

Em 2011, o Governo Federal interviu tentando encontrar uma saída para este e outros casos de paralisação em grandes obras, porém, ao final houve a demissão de mil trabalhadores da obra de Jirau.
 

O responsável pela hidrelétrica de Jirau é o consórcio Energia Sustentável do Brasil S.A., formado pelas empresas GDF Suez (50,1%), Eletrosul (20%), Chesf (20%) e Camargo Correia Investimento em Infraestrutura (9,9%). 49% das ações do consórcio são controladas por estatais e o BNDES financiou 7 bilhões de reais para a construção da usina, aproximadamente 70% do valor total.
 

No próximo domingo, os trabalhadores das usinas de Jirau e Santo Antônio realizarão uma grande assembleia para discutir os próximos passos da paralisação. A expectativa é de que 22 mil operários participem do ato. O Movimento dos Atingidos por Barragens foi convidado pelo sindicato a participar da assembleia.
 

O MAB prevê que muitas outras paralisações tendem a ocorre em todo o país, pois os trabalhadores das hidrelétricas têm sido submetidos a condições que beiram o trabalho escravo, além da constante controle dos trabalhadores feitos pelos aparatos policiais e segurança privada.
 

Na próxima semana, os atingidos por barragens de todo o país também estarão mobilizados, demonstrando outra face das enormes contradições existentes no setor elétrico brasileiro, que além explorar os operários, nega os direitos das populações atingidas por barragens e cobra altas tarifas de energia de toda a população brasileira. (Fonte: Walisson Almeida)

OUTRO LADO
 

A reunião do próximo domingoi já estava marcada com os trabalhdores da construção pesada e será discutida a data base da classe. (Atualizado às 17:44).
 
 

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