Segunda-feira, 5 de abril de 2010 - 11h13
Depois de 20 anos a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.- hoje Eletrobras Eletronorte – alcançou lucro no seu balanço anual. “É uma conquista de todas as áreas da Empresa e que certamente deixa todos ainda mais motivados para os próximos resultados”, comemora o presidente da Eletrobras Eletronorte, Jorge Nassar Palmeira.
O lucro de R$ 303,9 milhões foi anunciado no mesmo dia da divulgação do balanço da Eletrobras que, desde o último dia 22 de março, reuniu todas as suas empresas em uma única marca. A Eletrobras obteve, no último trimestre de 2009, um lucro de R$ 1.706 milhões, o que levou a Empresa a alcançar um lucro de R$ 170,5 milhões no ano. A maior parte do lucro de 2009 deveu-se à recuperação obtida no segundo semestre – no terceiro trimestre, a companhia já havia registrado lucro de R$ 453,8 milhões. No primeiro semestre, a Eletrobras acumulara um resultado negativo de R$ 1.989 milhões.
De acordo com o superintendente de contabilidade da Eletrobras Eletronorte, José Francisco de Abreu, “após conclusão dos estudos da estrutura ótima de capital efetuados pela Eletrobras, o patrimônio da Empresa foi fortemente impactado, em função da capitalização de R$ 4 bilhões, correspondente a parte da dívida de empréstimos e financiamentos junto à sua Controladora. Isso eleva o capital social de R$ 4 bilhões para R$ 8 bilhões e, consequentemente, permite uma melhora significativa no total da dívida com empréstimos e financiamentos, saindo de R$ 8,6 bilhões em 31 de dezembro de 2008 para R$ 4,3 bilhões em 31 de dezembro de 2009, e no seu passivo, de R$ 11,7 bilhões em 31 de dezembro de 2008 para R$ 7,7 bilhões em 31 de dezembro de 2009”.
Abreu destaca ainda que entre os fatores que levaram a Eletrobras Eletronorte a obter lucro no exercício de 2009, está a melhoria significativa no resultado financeiro, que saiu de R$ 1,5 bilhão (negativo) no exercício de 2008 para R$ 715 milhões (negativo) no exercício de 2009, ou seja, menos da metade, influenciado positivamente pela queda dos principais indexadores (IGP-M e US$) da dívida com empréstimos e financiamentos. “Outro fator preponderante foi em função da Portaria MME nº 89, de 11 de março de 2010, que prorrogou, pelo prazo de vinte anos, a contar de 14 de setembro de 2009, a concessão para exploração da Usina Hidrelétrica de Samuel, em Rondônia, permitindo nova avaliação de recuperabilidade do empreendimento (impairment), pelo fluxo de caixa do segmento geração, uma vez que a usina, desde outubro de 2009, está interligada ao Sistema Interligado Nacional de Energia Elétrica, dando origem à reversão do impairment de R$ 616 milhões”, explica o superintendente.
Compromisso
Historicamente prejudicada por atender os chamados Sistemas Isolados, a Eletronorte arcava com despesas que não eram ressarcidas pelos Estados ou União. Agora, a Lei 12.111/09, que alterou o sistema de subvenção dos Sistemas Isolados, é outro fator que começa a fazer a diferença no balanço da Eletrobras Eletronorte. “Não seremos mais o patinho feio do Sistema”, disse o presidente Jorge Palmeira, que há cerca de dois anos, ao assumir a presidência da Empresa, garantiu que o seu maior compromisso era contribuir para que o lucro fosse uma realidade. “Assumimos um compromisso, fizemos uma análise técnica do que poderia ser feito para resolver os maiores gargalos e este é apenas o começo. Com a cessão dos contratos da Termo Norte para a Ceron, por exemplo, tivemos um impacto de R$ 140 milhões a menos no nosso balanço; também resolvemos a questão do ICMS que pagamos e não é ressarcido; a renovação da concessão de Samuel e sua ligação com Tucuruí, enfim, uma série de ações que contribuíram para esse resultado”, explica Palmeira.
O presidente destaca ainda que esse é apenas o começo. “Nesse processo resolvemos a questão da dívida com a Eletrobras – tínhamos uma dívida de R$ 7,4 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 4 bilhões eram de juros – que conseguimos capitalizar. O efeito disso vai impactar no balanço de 2010. Outras ações que começaram a dar impacto em 2009 terão um caráter perene a partir do próximo balanço”. Palmeira citou também o Programa Eficiência e Crescimento, desenvolvido na Empresa, e que deve agregar resultados de 2010. “É um programa que não busca apenas a redução de custos, mas sim o crescimento da Empresa”.
“Estamos cada vez mais motivados com os novos empreendimentos e com o crescimento da Eletrobras Eletronorte. Temos a chamada pública para o leilão de Belo Monte, e outros estudos e novos negócios são alguns dos fatores que, certamente, trarão resultados ainda mais positivos nos próximos balanços. E certamente as equipes da Eletrobras Eletronorte fizeram toda a diferença nessa conquista”, comemora Palmeira.
Fonte: Terezinha Félix de Brito / Drt/RO 954
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