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Eletricitários pedem diversificação de fontes energéticas no sistema elétrico


O presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), que representa a quase totalidade dos eletricitários brasileiros, Franklin Moreira Gonçalves, disse hoje (18) que o blecaute, ocorrido no último dia 10, foi uma fatalidade, mas que o sistema elétrico deve ter fontes alternativas de energia para se prevenir contra eventualidades como a que afetou 18 estados brasileiros.

Falando à Agência Brasil, Gonçalves defendeu que haja uma investigação rigorosa sobre a falta de energia, até para mostrar o que é o setor elétrico brasileiro. “É robusto e está sendo muito detonado. E (isso) não corresponde ao que é o setor elétrico brasileiro. É uma obra de engenharia das melhores do mundo”.

Ele afirmou que o horário em que ocorreu o apagão (22 horas) não é de ponta do sistema e a carga é baixa. “Não ocorreu no dia seguinte, não ocorreu na semana seguinte, o que evidenciaria uma falta de energia. Então, não tem esse risco de falta de energia”. As obras que o governo vem efetuando têm agregado oferta de energia ao sistema".

Gonçalves sugeriu que o governo deve priorizar a política de geração hidráulica, mas sem esquecer fontes alternativas. “Tudo que puderem fazer para que você fique menos dependente dessa energia de Itaipu é importante”.

É preciso, segundo Gonçalves, diversificar a matriz elétrica, construindo termelétricas mais perto dos centros de carga, o que diminuiria a necessidade de longas linhas de transmissão. “A primeira prioridade, porém, é a hidreletricidade, porque é mais barato, a quantidade de energia é maior e você fica menos dependente de Itaipu”.

O presidente esclareceu, contudo, que isso não significa abrir mão da energia de Itaipu. A ideia é ter fontes de energia adicionais que possam suprir a falta de Itaipu. A federação propõe também a redução dos encargos setoriais e tributários, que representam quase 50% da conta de energia elétrica. Ele disse que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), por exemplo, é “muito pesado” e chega a 30% em alguns estados, representando até 42% do valor da tarifa.

Gonçalves disse que esses recursos deveriam ficar dentro do próprio setor elétrico. “Você poderia diminuir o impacto para o consumidor, porque teria mais linhas de transmissão, mais usinas perto da carga, menos termelétricas a gás, que é mais caro, ou a diesel ou a carvão”.

Ontem (17) a FNU entregou ao Ministério de Minas e Energia e ao Gabinete Civil da Presidência da República essas e outras propostas para o setor elétrico. 

Alana Gandra/Agência Brasil

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