Terça-feira, 23 de fevereiro de 2010 - 10h32
A Federação da Construção Pesada (Fenatrocop) e o Consórcio que constrói a Usina de Santo Antônio estão sendo acusados de tentar interferir na eleição do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia (Sticcero).
A tentativa de interferência, segundo as denúncias formuladas por trabalhadores que preferem manter seus nomes sob sigilo para evitar perseguições, se dá através de um grupo de pessoas ligadas à Federação, com sede na Rua Tancredo Neves, 4713, Bairro Caladinho, na Capital,
O grupo, dizendo representar a Fenacrotrop e Consórcio CSAC (Usina de Santo Antônio), falando inclusive que trabalhava em parceria com o referido Consórcio, procurou uma trabalhadora em sua residência e teria tentado induzi-la a servir de “laranja” na montagem de uma chapa para disputar a eleição do Sticcero. O grupo de pessoas chegou a pedir todos os documentos da trabalhadora.
A grave denúncia consta do Boletim de Ocorrência Policial nº 10E1007001060, do dia 22/02/2010. Os documentos estavam em poder de representantes da chapa 2, que se inscreveu para a eleição do sindicato com o nome de “Renovação” , e só foram recuperados no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sticcero).
O fato de cerca de 90% dos membros da chapa 2 serem funcionários de uma única empresa, a Odebrecht, responsável pela construção da Usina de Santo Antônio, é outro forte indício da tentativa patronal de tomar o sindicato.
A Fenatrocop já vem tentando há mais de um ano interferir na organização dos trabalhadores da construção civil de Rondônia. Segundo denúncias dos trabalhadores, a primeira investida se deu através da tentativa de criar outro sindicato. Posteriormente foram feitas várias tentativas judiciais de atuar em processos do Sticero e de intervir nas negociações dos trabalhadores nas usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Todas as tentativas foram rechaçadas pela Justiça do Trabalho. Agora, pelo que demonstra o processo de montagem da chapa 2, há uma aliança com os patrões para participar das eleições e tentar obter o controle do Sticcero.
Para o líder da Oposição Sindical, que conseguiu expulsar a direção anterior, também aliada aos patrões, Raimundo Soares, o “Toco”, o interesse das usinas em patrocinar uma chapa teria um motivo muito claro: o de ter novamente uma direção do sindicato aliada, pois, a mudança ocorrida em 2009, com a greve de três dias em setembro, custou um acréscimo de R$ 100 milhões por usina, em pagamento de novos benefícios aos trabalhadores.
“Eles estão com saudades do acordo coletivo do Amaral da Força Sindical”, afirma Toco, que encabeça a chapa Nº 1, da Oposição Sindical, registrada com o nome de “Resgate, Renovação e Luta”, que é composta por trabalhadores das duas usinas, e das principais obras da construção pesada e prediais atualmente em andamento.
Fonte: Ascom
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