Segunda-feira, 27 de janeiro de 2014 - 16h01
Apesar das temperaturas elevadas que provocam aumento do consumo de energia, não existe risco de apagão no Brasil porque as usinas termelétricas estão acionadas. No entanto, isso tem um custo, disse hoje (27) à Agência Brasil o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro. “Quando se entra com a termelétrica, isso tem um impacto tarifário”, destacou.
O economista lembrou que, como 2014 é um ano "sensível" em termos políticos, porque é ano de eleições gerais – para a Presidência da República, governos estaduais, Senado, Câmara dos Deputados e assembleias legislativas –, o governo poderia adotar novamente a solução que encontrou no ano passado, quando o Tesouro Nacional entrou com recursos “para que as distribuidoras pudessam pagar essa conta [do uso de termelétricas], que é do consumidor”.
Para Nivalde Castro, se for mantida a tendência de acionamento das termelétricas, as distribuidoras vão receber recursos do Tesouro, por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), “para poder cobrir esse buraco, que acaba estourando na empresa”. Segundo ele, a distribuidora não tem condição de pagar tal valor, porque isso não foi previsto no reajuste tarifário. “Ela não tem dinheiro em caixa para adiantar esse valor, porque o aumento só vem uma vez por ano”, explicou.
O professor reforçou que a atitude mais coerente para o governo é usar o expediente usado no ano passado, que “evitou uma explosão tarifária”, que teria impacto na inflação, trazendo em consequência aumento de juros, desemprego e crescimento baixo. “Em um ano eleitoral, dificilmente o governo vai permitir que isso aconteça”, disse Castro. Ele ressaltou que não há como fazer previsões sobre as chuvas para elevar o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o que descartaria o acionamento das térmicas . “O máximo que se pode fazer neste momento é procissão para São Pedro. É torcer para chover”.
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