Quinta-feira, 19 de dezembro de 2013 - 08h04
LUCAS REIS
Folha de São Paulo
Assim como na usina de Belo Monte, problemas rondam as usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, cerca de 1.700 quilômetros a sudeste da usina do Pará. Há entraves ambientais, atrasos e até disputa interna por energia.
Juntas, as usinas do rio Madeira, licitadas entre 2007 e 2008, produzem hoje cerca de 1.200 MW.
Com um ano e dez meses de atraso, Santo Antônio começou a transmitir energia em novembro, por uma linha de 2.400 quilômetros de Porto Velho a Araraquara (SP). Deve atingir o potencial máximo (3.568 MW) em julho de 2016.
Jirau, geração máxima de 3.800 MW e ainda em obras, tem apenas uma turbina liberada e usa o "linhão" já pronto -as duas usinas compartilharão a rede. A segunda linha, de 2.400 km, deve ser entregue em agosto de 2014.
Usinas e consórcios que cuidam das linhas de transmissão atribuem o atraso à demora nas licenças ambientais, expedidas pelo Ibama.
Outro problema se desdobra desde julho, após a Aneel aprovar um projeto de expansão da capacidade de Santo Antônio. O aval inviabilizou nova ampliação da potência de Jirau, e a agência obrigou Santo Antônio, como compensação, a ceder de graça a Jirau parte desta energia.
Ocorre que a Santo Antônio recorreu, e a Aneel suspendeu neste mês o repasse de energia extra a Jirau, que agora ameaça ir à Justiça.
O Ministério de Minas e Energia diz que os atrasos provocam prejuízo, mas não estima valores. A Aneel diz que nenhum MW deixou de ser gerado ou transmitido.
A Santo Antônio diz que usou um sistema alternativo ligado ao Acre e a Rondônia.
Jirau afirma ter sido prejudicada pelos atrasos, mas que as obras do segundo "linhão" não serão problema.
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